domingo, 27 de fevereiro de 2011

Oh Meu Deus!


Através de um comentário anónimo chegou a seguinte informação:

http://www.ohmeudeus.com/trailbike/informacoes.html

Oh Meu Deus!

Oh Meu Deus! OH My God, Oh Mon Dieu, боже мой, Oh Dio Mio, 噢,我的上帝.
Esta interjeição universal significa incredulidade por algo que se lhe depare.
A originalidade do nome significa, também, as dificuldades que irão encontrar ao longo do percurso. Um percurso extenso e de grande desnível. Juntando um sem número de dificuldades, inerentes ao esforço prolongado, à altitude, às amplitudes térmicas e temos uma prova incrível.

A procura de um limite físico, nos tempos que correm, é um objectivo de muitas pessoas. Essa glória de terminar é transversal ao primeiro e último a chegar á meta. A corrida não tem como principal objectivo, para a grande maioria dos participantes, vencer mas sim terminar. A sensação de levar até ao fim o desafio é um acto heróico e para guardar no álbum de memórias. É a entrada no Olimpo que não distingue o primeiro do último.

Hoje abrimos esta janela ao Mundo. Será a partir dela que daremos toda a informação necessária e pedida.
Pedimos a todos que façam uma visita a este sítio e que nos remetam opiniões, ideias e criticas. Não se esqueça que esta prova é feita para si e será por si que obteremos a informação mais privilegiada. A sua opinião é relevante.

Escreva-nos para o seguinte endereço electrónico: geral@horizontes.com.pt

Data e Local

Local – Manteigas – Partida e chegada
Data – 9 de Julho de 2011
Hora – A designar

Distâncias

Ultra maratona - Aprox. 200 km - 7000m acumulado de subidas
Maratona - Aprox. 100 km e 3000m acumulado de subidas

O OH MEU DEUS terá uma distância aproximada de 200 km e com tempo máximo de realização de 24 horas.
A prova poderá ser realizada em equipas de 2 elementos ou individualmente

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Volta para 27/02/2011

Parece que o tempo se vai compor para a nossa saída domingueira.

Percurso:


Distância: 110 km
Hora de saída do Gradil: 08h30m
Acumulado de súbida 1500 m

Rescaldo da volta de 19/02/2011

O dia já ia longo para as minhas aspirações desportivas mas o sol ainda aquecia com firmeza a encosta na zona de Seia. Uma pequena multidão subia e descia a estrada do Sabugueiro tentando aproveitar as tréguas momentâneas no tempo cinzento dos últimos dias (ou semanas).
A Serra da Estrela exerce um atractivo com um carisma inegualável em Portugal e maior fosse a vontade e a audácia de quem "gere" tais paragens que certamente proporcional seria o retorno, a todos os níveis, daqueles que procuram não só ver a neve mas também de enfrentar os desafios únicos que tais dominios geográficos nos oferecem.

A minha relação pessoal com o maciço central, curiosamente, aprofundou-se depois de ter vindo viver para bem longe dele e tem vindo a consolidar-se com cada nova incursão a conseguir arrancar-me uma enorme vontade de regressar uma e outra vez.
Aprendi a conhecer a montanha e a respeitá-la. Não ignoro os "avisos" e pago sempre o tributo que lhe é devido quando ela não quer ser conquistada dando meia volta sem protestar em demasia! Levar o nosso esforço para lá do razoável pode ter consequências trágicas e no Inverno já lá levei tratamentos preciosos que me enriqueceram a cultura ciclista.

Ainda assim há voltas que têm que ser feitas!
Brota a ideia em silêncio, germina no nosso cérebro e depois no nosso âmago fervilha a ânsia de iniciar a jornada e no horizonte não se perfilha nenhuma outra opção que não seja a de meter "pernas" à obra e por umas horas fazer da bicicleta um prolongamento do nosso corpo, uma extensão ávida de esforço físico e de superação.
Subir a Serra é sempre um exercício de autocontrole e de gestão desde que se queira ser displicente com a gestão de energias. Com o tempo frio introduzem-se variáveis novas e dificilmente controláveis e isso apimenta um pouco mais as coisas.

A preparação da jornada iniciara-se semanas antes com o peso do corpo já em patamares muito razoáveis, com suplementação multivitamínica e proteica à altura do desafio, com forte ingestão calórica e repouso na semana anterior à partida, com a escolha criteriosa das roupas e nutrição para a jornada e, não de somenos importância, com a elaboração de vários planos de abortagem da etapa! - 3 no total.
No total levei 9 barras energéticas, 3 géis e um invólucro de mel.
Roupa - Calças e calções por cima, protecções para os pés, colete de neoprene de mergulho com 2,5 mm de espessura, camisola térmica, camisola de verão com bolsos (para facilitar o transporte de tanta tralha), casaco de inverno e gorro por baixo do capacete.

Roupa suplementar - Manguitos e pernitos envolvidos no impermeàvel para qualquer emergência térmica e um passa-montanhas
Tudo isto com alguma chuva à mistura aumenta o lastro mas é preferível ter sempre algum recurso a ser apanhado desprevenido.

A partida teve de ser adiada pela forte chuvada matutina. No horizonte algumas abertas incitaram-se a partir com a estrada ainda molhada mas com a temperatura bem razoável a aproximar-se dos 10ºC.
Da Guarda à Covilhã são 45 km que foram feitos à média de 33 km/h com a pulsação acima das 150 bpm de modo a aferir sensações para o resto da volta. Entretanto, na passagem por Belmonte, vejo os topos cobertos de neve e radiantes com o sol reflectido no manto branco e fico com a convicção de lá poder chegar. Com muitos quilómetros ainda pela frente mas sem pressas dou continuidade ao andamento.
Ainda na Covilhã sou recebido por uma forte chuvada que me deixou com o semblante cinzento nebuloso, similar ao horizonte observável. O truque é manter cadência elevada para não arrefecer e não baixar a moral.
Pouco depois, alguns cruzamentos à frente, abandono a nacional e esmorece a chuva. Para compensar aparecem os primeiros caroços que me lembraram ao que ia. Prato pequeno metido à frente, visto que me encontrava em "território" desconhecido, e um olho no GPS e outro na estrada. Estradas maioritariamente municipais, com bom piso, a requererem muita atenção à passagem pelas localidades pela presença de lombas de abrandamento. Trânsito praticamente inexistente, à data e hora da minha incursão, e algumas descidas a serem feitas com precaução.
O percurso ditado pelo GPS faz-me atravessar o meio de uma localidade, com as ruas pavimentadas com calçada granítica e aqui terá de ser feita a correcção de não sair da estrada de alcatrão.
Pouco mais de 20 quilómetros após a Covilhã os primeiros de súbida assumida. Sem castigar as pernas, com boa rotação fazem-se bem e agradecem-se como bom aperitivo para começar a preparar as pernas para "coisas" com mais substância. Mais uma descida rápida e com o pulso controlado eis que surgem 20 quilómetros de subida.
Entra-se com firmeza, desce-se um pouco e dentro da aldeia as coisas ficam fortes e obrigam a puxar pelos galões. Na saída, bem dura, até ao cruzamento com estrada com excelente piso aquece-se ainda mais. Depois mete-se a pedaleira grande e são muitos os quilómetros até ao topo, com paisagem deslumbrante que poderá ser devidamente apreciada, com o final a complicar ligeiramente.
Algum alimento e assim que se conclui a súbida desce-se abruptamente para se iniciarem mais 8 km com pendentes mais exigentes, com passagens nos 8%. (6% de média feitos a 15 km/h com pulsação média de 162 bpm e máximo de 175bpm)

Nova descida e na saída de Louriga encontro um BTTista e pergunto-lhe:
- A súbida para a Serra é durinha?
Ele olha-me desconfiado e resmunga
- Já a primeirta à dt.ª?
- Replico - Não conheço mas penso que sim!
- Com bons andamentos, vindo bem preparado, até dá para fazer...
Algumas mensagens curtas e troca de galhardetes e seguiu-se o conselho final:
- Tem lá duas rampas com 14% que devem doer!

Primeiro vai-se à cautela com bom passo. Assim que se vira à direita logo 11% de inclinação, relaxa-se nos 5% e os primeiros 14% curtinhos feitos de "sprint". Mais uma zona "suave" e a 2ª passagem aos 14% dá que pensar!
O problema foi que não eram duas as rampas com esta inclinação. Eram muitas mais! Numa delas desesperei nos 15% em cadência de 40 rpm e amaldiçoei o "artista" que fez a placa para os 14%. Este número aparece uma e outra vez nas placas e leva-nos ao desespero - Literalmente!
Entre pendentes elevadas algumas zonas a 8% e outras até com pequenas descidas. Apareceu a neve e tive de fazer contramão para prosseguir. Os músculos começaram a acusar o desgaste e a progressão tornou-se calamitosa.
A determinado momento a estrada está cortada por um monte de neve. Ao lado algumas famílias brincam e os bombeiros observam de prevenção. Pergunto se ainda falta muito para o final mas ninguém me responde e fingem nem sequer me ouvir...
Bicicleta às costas e para a frente é que é caminho! Os 12% seguintes foram feitos na zona de degelo o que me encharcou os pés. Paragem aqui e ali para galgar para a abertura seguinte e a progressão cada vez mais difícil. Finalmente, a um quilómetro do final, sou confrontado com a necessidade de inverter a marcha...
Com os pés gelados a descida é tão ou mais complicada que a súbida. No ponto onde se encontravam os bombeiros apenas uma voz seca:
-Pelo menos a descer é mais fácil...
Nova paragem para galgar o obstáculo de neve e o frio a obrigar-me a acelerar serra abaixo. Concentrei-me e já com o piso seco meti carga!
Sempre a pedalar o 50x11 deu-me para fazer 71,30 km/h. No cruzamento viro à direita para Seia e faço uma série maoritariamente em descida com a média de 52 km/h. Quando dei por mim estava novamente quentinho mas na zona de São Romão numa pequena súbida um ataque de cãibras, elas que na enorme súbida começaram a ameaçar.
Muita palavra que não merece repetição proferi...
Atravesso Seia e aponto ao Sabugueiro. A saída é dura quanto baste com uma passagem acima dos 10%. Cerca de quatro quilómetros volvidos um furo na bicicleta e um telefonema:
- Mulher vem-me buscar...
- Vem andando que nós estamos aqui em cima e já nos encontramos.
- Daqui não saio!

Números:
3135 m de acumulado real, 6265 kcal, quase 150 km e 6h00 de viagem

Já no regresso, ao passar na zona de Gouveia a cereja no topo do bolo.
-Reconheço que talvez seja um pouco teimoso!
A minha mulher observa-me em silêncio.
- Bem sei que demorei algum tempo em o reconhecer, mas vale mais tarde que nunca, certo?
Ela limitou-se a sorrir e depois repetiu algumas vezes:
- "És um "bocadinho" teimoso! És sim senhor!"


Olhei a Serra e despedi-me:
- Até à Páscoa!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VI Raide BTT Setúbal/Tróia – Algarve (Lagos

O Nuno enviou-me o seguinte desafio:

Amigos,
Algo a ter muito em conta.
Vamos lá fazer uma equipa para mais este desafio.
Temos carne para 2 a 3 equipas de 3 a 4 elementos (segundo os andamentos mais aproximados)
Vou participar pelo 4 ano consecutivo. De 0 a 10 nota 8.
A navegação é feita por GPS. Não é um Raid, a ideia é chegar a horas de poder recuperar para o segundo dia. 145km no primeiro dia 125Km no segundo.
O autocarro é sem duvida uma opção a ter em conta. As bikes são transportadas desde do Algarve até Setúbal num camião. Claro que bem acondicionadas.



Junto fotos de outras edições. (atenção ao comando á distancia da foto)



VI Raide BTT Setúbal/Tróia – Algarve (Lagos)
Vai realizar-se nos dias 16 e 17 de Abril de 2011 o VI Raide BTT Setúbal – Tróia - Odemira – Algarve (Lagos) organizado pela FPCUB.
Serão no total cerca de 270 km, sendo a navegação efectuada por GPS, não existindo quaisquer marcações no terreno. O nível de dificuldade é muito elevado, pelo que é importante os participantes avaliarem correctamente se possuem as condições físicas e psicológicas adequadas para poderem levar de vencida este desafio.
O custo da inscrição é de 25 € para sócios da FPCUB e de 53.50€ (25€+28,5€) para não sócios (dando direito a associar-se na FPCUB). As inscrições serão aceites até dia 11 de Abril e estão limitadas a 80 participantes.
O acréscimo de valor corresponde à quota de associação à FPCUB para 2011 (os sócios da FPCUB beneficiam de um seguro de acidentes pessoais e responsabilidade civil no uso da bicicleta sempre que a utilizem na prática de actividades desportiva, cultural, recreativa e de manutenção, excluindo a competição, 24h/dia, 365dias/ano).
A FPCUB disponibiliza, sem acréscimo do valor da inscrição, um pavilhão em Odemira para pernoitar, acompanhamento logístico e um abastecimento no final.
Vai também dispor de um autocarro e um camião para transporte dos participantes e bicicletas de Lagos (final do Raide) para Setúbal (início), pelo preço de 28 €, se houver um número suficiente de interessados.

Quem se atreve?

MARATONA BTT VENCER O CANCRO

Chegou-me o seguinte pedido de divulgação:

Ainda estão disponíveis inscrições para a 3ª edição da MARATONA BTT VENCER O CANCRO (apadrinhada pelo grande campeão MARCO CHAGAS) que se realiza no próximo dia 6 de Março de 2011 em Salvaterra de Magos , inscreva-se já em www.maratonabtt.com


Participe e apoie a União Humanitária dos Doentes com Cancro e a Fundação Lance Armstrong na luta contra o cancro.

Inscrições limitadas a 1.500 participantes

Procura-se resmungão!





Onde é que eu já vi este tipo?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Questão técnica - Pedido de opinião

Companheiros, recebi um e-mail e após breve conferência com o autor decidimos colocá-lo à consideração das opiniões de todos porque em príncipio várias cabeças pensam melhor do que uma!
Então é assim,

"Boa tarde Manso.
Sou amigo do Nuno e do Joaquim. Costumo pedalar com eles mas por agora só em BTT.

Quero comprar uma bike de estrada mas estou com alguma dificuldade em fazer a escolha.
Assim sendo, agradeço se puderes dar-me uma ajuda.
Aqui ficam as minhas dúvidas:
- carbono ou alúminio;
- melhor quadro versus melhor equipamento;
- orçamento a disponibilizar 1000 a 1500 euros, no máximo até 2000 euros;
- investimento a longo prazo ou ir evoluindo em quadro e em equipamento;
- peso esperado de 8,5kg;
- 10 ou 9 velocidades.

A título de informação adicional:
- quero a bike como complemento do BTT e não como bike principal. Pelo menos é este o objectivo ao dia de hoje.
- tenho 37 anos, 75kg e 1,86mt
- sentei-me numa Supersix 56 e senti-me bem.

Já vi algumas marcas: Scott, Ghost, Focus, Cannondale, GT, Canyon. Não tenho marca favorita, apesar de ter duas Cannondale's de BTT. Prefiro, nesta compra, fazer uma escolha 95% racional e 5% emocional.

Por outro lado, se souberes de alguém que esteja a pensar vender a actual, dá-me um toque.

Obrigado e boas pedaladas,
Jorge Ginja"

sábado, 19 de fevereiro de 2011

19/02/2011 - Duas fotogradias com memória!





Aqui pensei que seria melhor regressar para trás...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Voltas para 20/02/2011

Como habitualmente neste próximo domingo realiza-se mais uma saída domingueira com concentração no Gradil e saída às 08h30m.
Esta volta não tem percurso agendado e este será definido pelos presentes.

Excepcionalmente, não vão estar presentes alguns alementos habituais.
Para o BTT vão a maioria dos ausentes, para a 1ª prova do ano, num percurso que a avaliar pela chuva dos últimos tempos vai estar muito complicado.

Eu vou tentar fazer uma maratona "a solo" pela Serra da Estrela para verificação de um percurso a divulgar oportunamente como "2ª Clássica da Serra da Estrela". Assim o permita São Pedro!

A todos boas pedaladas e até breve!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rescaldo da volta de 13/02/2011

A volta da maturidade!
Se há poucas semanas o grupo revelou alguma indefinição, na correcta abordagem às lides domingueiras, desta feita é de elementar justiça salientar a exemplar postura numa volta que pelas complicações climatéricas e de percurso foi gerida, quanto a mim, quase na perfeição.
Desde cedo se confirmaram os prognósticos de chuva. Logo à saída da Paz fomos confrontados com a certeza de uma volta molhada mas como ninguém se mostrou incomodado seguimos em frente.
Na chegada ao Gradil um Mini, acabadinho se ser acidentado por uns foliões, a confirmar que álcool e condução não rimam!
Na pausa cafeínada fez-se a contagem das almas. Eu, Aldeano, Nuno, Mário, Eduardo, Mesquita e o Joaquim que parece estar a ficar completamente adicto à estrada de tal modo que já tem na calha a aquisição de uma "bichinha do asfalto" num total de 7 unidades. Mais tarde juntar-se-nos-ia o Xico que veio apenas "desabafar as pernas" entre o Carvalhal e Torres Vedras.
O Andamento, sem ser necessário conversá-lo, desde cedo que foi optimizado para as circunstâncias, ou seja, em ritmo certo sem grandes oscilações, no meu caso aproveitado para fazer rotação em pedaleira pequena e no caso do Aldeano e do Nuno para relaxarem do duro treino da véspera em BTT.
Coincidiu com o fim de um ciclo de duras saídas e com a preparação para o próximo fim-de-semana onde se adivinham fortes emoções. Assim não havia grandes oscilações cardíacas, evitavam-se grandes variações de temperatura corporal e simultaneamente dava para ir conversando...
Com isto tudo, com os galos adormecidos, não se põe ordem no galinheiro!
Até ao Ramalhal o passo não castigou ninguém e o trio Mário, Joaquim e Eduardo, com este último a mostrar muito serviço, entram em pequenas picardias/brincadeiras que duraram até ao Outeiro da Cabeça onde se forçou na frente o suficiente para os largar.
Na rotunda agrupou-se rapidamente e na saída o Nuno leva novamente o trio "à aventura" até ao Bombarral enquanto eu e o Aldeano aguardamos o Mesquita.
A chuva não arrefecia os ânimos e demos continuidade à volta em direcção a Óbidos e depois à esquerda, por Reguengo Grande, para a Lourinhã, com uma paisagem deslumbrante a merecer rasgados elogios apesar da crescente pluviosidade.
Topo mais musculado feito no limite para ningúem ficar para trás com o Mesquita a fechar e mais uma vez a mostrar que com calma e no seu passo vai para qualquer lado apesar da idade bem mais avançada do que a média do grupo, com o Eduardo em posição intermédia a necessitar urgentemente de rever os andamentos (carreto de descanso 23 é para outras idades!). O Mário enquanto tem força morde a língua e depois morde tudo mas com aquela massa corporal a parte final fica-lhe longa. O Joaquim defende-se melhor nas súbidas mais ingremes e sofre muito nas partes rolantes feitas em força.
Com o grupo certinho emociona-se São Pedro e desaba uma torrente de água em cima de nós! Brutal, batida a vento, e ainda com tanto para andar...
A estrada deixou de se ver e transformou-se num imenso lago de água. Olhei o semblante dos companheiros de jornada e uns mudos e outros calados todos continuámos no nosso passo. (Para mim a pior parte foi no descenso para a Lourinhã com os pés a ficarem gelados).
Preciosos conselhos circularam entre todos - Obrigatório ir comendo regularmente, pedalar sempre, mesmo em "falso", e antecipar as travagens limpando os aros com toques no travão para quando fosse necessário abrandar não se apanhar nenhum susto desnecessário.
Passa-se a Lourinhã e num sítio de menor cota os carros a fazerem inversão de marcha. Água barrenta com profundidade crecente não foi o suficiente para demover o Aldeano de passar numa altura em que eu já ponderava desmontar para passar a vau!

O Nuno abanava a cabeça olhando perante tratamento tão indigno para uma bicicleta de estrada como a dele... Os outros seguiram apenas o caminho apontado e de uma forma ou outra todos se alegraram com a experiência.
O topo seguinte salientou os diferentes estados de forma e começou a preocupar com o Nuno a não se sentir nada confortável.
Na praia de Santa Rita verificava-se a fase crítica do trajecto com o avolumar dos quilómetros e com o Mário a anunciar que necessitava do conforto de um bolo e de uma cola. Paragem prevista nas bombas antes da zona da Encarnação onde ficou com o Mesquita.
Pouco depois um furo na minha roda traseira onde constatei que os Prorace da Michelin desaparecem como um fósforo. Tão macios e aderentes...
Durante a reparação o Joaquim que já vinha também com a conta entra em hipotermia e é obrigado a seguir com a companhia do Nuno.
A Picanceira foi feita nas calmas comigo e o Aldeano com o Eduardo "23" uma vez mais a passar mal desnecessariamente. Tréguas na Paz e despedidas longas visto que no próximo fim-de-semana vamos estar em várias frentes, assim o permita o tempo!

Total: 123 km, média de 27,70 km/h

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Volta para 13/02/2011



Saída do Gradil às 08h30
120 km rolantes com alguns topos à mistura num percurso inédito pela ligação do Bombarral à Lourinhã que certamente será do agrado da maioria.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Rescaldo da volta de 06/02/2011

Cabe sempre mais um...
Com 19 elementos à partida desta volta, com as dificuldades acrescidas que se anteviam temos de concluir que estamos em manifesta fase de expansão.
O briefing curto e conciso com conselhos e avisos foi bem acolhido e trouxe frutos durante o desenrolar do percurso.
Com numerosas participações deixa de ser viável fazer referências individuais e saliento apenas a coragem de alguns estreantes se fazerem à estrada num dia que era "temido" pela dureza expectável pela simples observação do perfil altimétrico e respectivo acumulado de súbida.
À saída do Gradil o ritmo foi de "acolhimento" e na passagem pelo Livramento aqueceu-se. Na frente deixava-se fluir com ligeireza o passo que era acompanhado por todos. O encadear de pequenos topos surgia com frequência e na Picanceira virou-se para Santo Isidoro por uma vertente que exige algum pulmão mesmo a baixas velocidades. Aconselhava-se prudência para não castigar ninguém e na retaguarda já se sofria.
De Ribamar para a Ericeira um curto e inclinado plano que fez acelerar as batidas e depois tranquilamente com o José Estrangeiro na frente a entrar na terra natal na liderança do pelotão.
Após a ponte do Lizandro metemos passo calmo para não comprometer a dificuldade seguinte, a dura súbida a seguir a São Júlião à esquerda para a Assafora, com passagens de 12% de inclinação, feita com o silêncio a reinar num registo já mais viril. Esta dificuldade tinha sido referenciada e no final agrupou-se tudo depois de uma curta paragem que aproveitei para aliviar na roupa que levava vestida.
A partir daqui a toada calma manteve-se e o percurso ficou mais fácil. Fura o Dario, com mais um abandono precoce a juntar ao malogrado Sérgio que já antes partira um raio. No reatamento uma pequena escaramuça no topo seguinte e depois a dupla constituida por mim e pelo Nuno mete mãos à obra para acamar os músculos para o prato principal. Acelerou-se para velocidades na ordem dos 50 Km/h e dentro das localidades tinha de se abrandar para não comprometer a segurança de todos.
Até Colares com o terreno a ajudar e depois a pendente lentamente a ficar paulatinamente desfavorável. Aqui faço mais um turno que durou até ao avolumar das dificuldades. Chega-se à frente o Tiago Silva e desde logo se sentiu que a harmonia iria ser sol de pouca dura. Determinado pegou nas rédeas e num estilo que me lembrou o do Aldeano foi descarrilando unidades súbida acima não baixando de velocidade com o aumento da pendente.
Já restávamos poucos quando sugeri ao Estrangeiro para agarrar a roda do duo Tiago/Aldeano que estavam na iminência de me obrigarem a entrar no vermelho ou a largar.
Faltava muita súbida pelo que declino a roda venenosa e meto o meu passo com o Nuno a roubar o título de carraça ao Jonas para me seguir. O pequeno Jonas sai na minha frente e ganha-nos uma centena de metros e depois estabiliza ficando a meio, em terra de ninguém, não conseguindo chegar-se à frente. O Nuno tenta ajudar-me e dá um esticão que ainda o deixou mais maltratado. O gesto anima-me e vamos recuperando metros ao Jonas. Quando a pendente baixa recupera bem o Nuno e fecha para o "fugitivo". Animo-o a vir connosco e este não perde tempo a organizar a rotatividade na frente. O terreno torna-se cada vez mais fácil e finalmente o "descanso" de poder enrolar a pedaleira grande que não foi particularmente apreciada pelos companheiros de luta.
Até à viragem para a Peninha recupero bem o pulso que não baixou das 180 bpm e não subiu das 183 bpm até apanhar o Jonas. Depois da viragem um "pacto de não agressão" com um endurance forte até ao ponto de reunião com possibilidade de apreciar a bela paisagem e trocar algumas impressões. Excelente trabalho de equipa e enorme satisfação pois fizemos uma boa súbida, dura quanto baste, certamente mais rápida do que conseguiriamos individualmente sempre no vermelho.
O trio da frente, com idades bem distintas, (23, 32 e 40) teve comportamento mais agressivo com o Tiago a forçar o Estrangeiro aos limites e a largá-lo na parte final com o Aldeano a segui-los de perto. O jovem triatleta mostrou excelente evolução, que só surpreende quem não o vê chegar ao final das voltas bem fresquinho e quem não sabe da sua enorme vontade e capacidade de treinar forçando diariamente o corpo com volumes de carga incríveis.
O veterano conseguiu arrancar alguns elogios de um Tiago que esteve muito bem, como sempre que aparece, demonstrando um fulgor de nivel superior.
Os outro foram chegando espaçados. O Pedro (Malveira), depois o António, o Rocha (que quase se perdeu porque na altura do briefing estava a tomar um café calmo...) e por fim o duo Pedro (triatlo) e o sénior Mesquita que partilharam andamento e roda e desse modo conseguiram chegar ao final. Aliás queixava-se o Pedro (Malveira) do António que não geriu bem o esforço forçando inicialmente em demasia e depois perdendo fulgor na parte final em vez de trabalharem em conjunto.
Os outros por diversos motivos não fizeram o percurso, (o Pedrix perdeu-se na Malveira da Serra), mas comunicaram telefonicamente a situação e concordou-se em seguir em grupetos separados pois não era viável juntar gente que seguiu por diversos caminhos.

A descida de Sintra, desta vez com a estrada mais segura, foi feita com o Rocha em grande velocidade apenas acompanhado do Tiago com os outros a optarmos por um pouco mais de serenidade. Ainda faltava caminho mas o andamento era temperado para não largar os mais castigados. Em Pêro Pinheiro fica o duo Pedro (triatlo)/Mesquita e seguimos por Mafra gare até Alcainça, com a súbida a ser feita em crescendo pelo Estrangeiro e Nuno, comigo a lançar o "sprint" final rematado pelo Tiago com o Estrangeiro de seguida. Aqui registei a máxima da volta 187 bpm.
Separa-se o pelotão com o Tiago (que fez 170 km), o Rocha e o Pedro em direção à Malveira e os restantes para a bem-vinda Mafra. Até à rotunda da Carapinheira com o António "tratamento" a forçar ritmo e a "morrer" no cimo onde nos pediu que o deixássemos curtir a solo porque estava cansado demais para nos seguir na descida...
Total 120 km, média final de 27,00 km/h e 5100 Kcal

Equipamentos oficiais Ciclismo2640!


Depois de alguma discussão finalmente as fatiotas para formalizar os fins-de-semana!

Andalucia Bike Race (Post - II)

Nestas próximas imagens apresenta-se a máquina que o Nuno pretende levar à corrida da Andalucia.

Uma NINER roda 29"!





quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Volta para 06/02/2010



125 km e acumulado superior aos 2000m

Saída às 08h30m do Gradil

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Rescaldo da volta de 30/01/2011

Volta algo difícil de catalogar... Alguns desacertos, na maioria facilmente evitáveis, que criaram quebras e desarmonia e que merecem alguma reflexão para progredirmos na direcção certa!

Percurso de 132 km feito à média de 27,00 km/h para um acumulado de cerca de 2000 metros.
Volta bem mais complicada do que parecia com a agravante de em determinados momentos o andamento se ter tornado selectivo. Aqui acato a minha quota parte de responsabilidades e conforme salientei logo à partida ia com vontade de me castigar principalmente pelo atípico fim-de-semana anterior.
Na saída do Gradil virou-se na direcção de Pêro Negro e começaram logo ali uma série de pequenas súbidas que não foram suficientes para tirarem o fôlego à boa moldura humana que uma vez mais compareceu à partida.
Até à Cabêda sempre joviais. Logo no inicio desta súbida estira-se um pouco o grupo e na passagem pela aldeia perante a persistência da frente, principalmente por acção do Nuno, fraciona-se o pessoal ainda que sem esticão ou sem andamento no vermelho. Alivia-se na entrada do Sobral e esperam-se os que passaram por maiores dificuldades.
Na saída, em direcção a Dois Portos perde-se o Eduardo e após a célere descida as dúvidas quanto ao que teria ocorrido levantam-se. Com isto nem se anda nem se pára e faz-se a súbida seguinte em tom calmo.
Na direcção de Alenquer aumentou-se o passo e subiu bem a velocidade até ao momento em que se avistou novamente o Eduardo parado em sentido contrário... Mais um enorme compasso de espera porque para agrupar sem parar muito se tem de aguentar.
No reatamento surge o duo Sérgio e Nuno a meterem bastante peso e a estirarem numa longa fila o pelotão. Passa-se ao lado de Alenquer e sobe-se em direcção à Ota comigo e com o Nuno a não deixarmos cair em demasia a velocidade na frente.
Depois foi a vez do Estrangeiro mostrar trabalho e logo de seguida mais um longo turno meu, primeiro com o Nuno e depois com o Aldeano. Com o vento de frente as pulsações iam subindo paulatinamente e já perto da fase final do plano ascendente que antecede a descida para o cruzamento da Abrigada ofereço finalmente o "assento" sem que ninguém o quisesse aceitar até que o Nuno acedeu à azeda prenda.
Agarrei-me à roda deste e aguentei o ritmo certo da súbida que muito castigou quem já vinha com as forças à míngua. Depois de virarmos para a Abrigada acalmam-se novamente os impetos e ingere-se algum alimento. Paragens aqui e ali sem coordenação obrigam a uma série de quilómetros calmos para reagrupamento já sem dois elementos séniores.
Até Vila Verde por caminhos rampeados com passagens nos 10% e novo quebrar, desta feita principalmente pela dureza do percurso e pela manifesta diferença de preparação física dos presentes. Na frente passeava-se e atrás sofria-se em silêncio.
Tardou até à inflexão para o Sarge para reagrupar todo o pelotão. Assim que o plano fica com pendente "amiga" novo turno meu e do Nuno que depois cederia a posição ao Aldeano com este a agravar ainda mais o andamento que nunca baixou dos 40 km/h tendo acalmado apenas um pouco no início da súbida do Sarge quando o duo Jonas e Estrangeiro meteram passo certo e determinado.
A meio já com o pulso estabilizado sai o Aldeano na frente comigo a fechar e com todos os outros a tentarem sobreviver a nova investida. Eu tranco na roda deste e deixo-me embalar a velocidades que chegaram aos 46 km/h. No final o veterano força ainda mais e deixo abrir algum espaço que tardou a ser preenchido pelo Estrangeiro para o sprint. Limpa o veterano com o triatleta a recuperar nos metros finais e comigo a forçar as 187 bpm no esforço final para os alcançar. Logo depois o Nuno a "queimar" e o homem da Malveira (desculpa não me lembro do teu nome) com o Jonas que pouco antes se tinham libertado do Rocha.
Em Torres faz-se compasso de espera. Até Catefica bem calmos e depois do Carvalhal abrem-se novamente as hostilidades. Na frente seguiam o Jonas e o Nuno, atrás sai o Estrangeiro e pouco depois decido juntar-me com eles. Saída em froça que me custou na parte final... Na roda destes a recuperar até ao cruzamento seguinte onde dou toque de arremesso.
Acelerei até aos 60 km/h e quando já acusava algum desgaste sai o Estrangeiro de esticão. Ufff... grito para o Nuno fechar e permito algum espaço para estes dois. Na minha roda o Jonas "carraça" também nos limites a não conseguir melhor do que me acompanhar em mais uma série para recolar. Finalmente com o conforto do cone de ar algum descanso e na chegada à Caneira saio novamente na frente mas para avisar que deveriamos esperar os outros. O Nuno diz que tal não é viável para as suas pernas e segue calmamente com o Estrangeiro enquanto fico com o Jonas.
Pouco depois o grupo perseguidor passa directo...
No Gradil reúnem-se tropas e contam-se feridos. Faltava o Sérgio que vinha num dia mau e muito maltratado desde o Sarge. Aguardamo-lo e fazemos a súbida juntos para finalizar o dia.
Já depois da Murgeira, na descida, o Nuno e o Estrangeiro ganham vantagem. Quando me lanço no seu encalço, já com a rotunda da Paz à vista, assim que os alcanço estes saem de esticão para me lançarem o sprint... deixando-me pregado e a praguejar! (Momento hilariante para fechar com chave de ouro)

Próxima semana - Sintra
Mais uma etapa com grandes complicações onde será determinante a escolha da roda certa e principalmente o andamento imprimido na parte inicial.
Até lá bons treinos e boas pedaladas!