segunda-feira, 30 de abril de 2012

Volta para 01/05/2012

Dia do trabalhador Com saída às 08h30m na Paz (Passagem no Gradil pelas 09h10)

terça-feira, 24 de abril de 2012

Volta para 25/04/2012

Saída na Paz pelas 08h30m

sábado, 21 de abril de 2012

Volta para 22/04/2012

O passeio dos vírus.

Saída da Paz pelas 08h30

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Rescaldo da volta de 15/04/2012



Gripe!

E veio a febre, os tremores e as belas das dores gripais...

sábado, 14 de abril de 2012

Volta para 15/04/2012

Saída às 08h00 na Paz

Objectivo - 5 horas de pedal

sábado, 7 de abril de 2012

tu e a tua bicicleta (SEXTA-FEIRA SANTA 2012)



sem ninguém que te distraia,
sem compromissos nem desculpas.
sem pressões nem competições,
só tu, contigo mesmo, e
uma vontade inexorável de te fazeres à estrada,
de perpetuares o movimento do pedaleiro até esgotares a necessidade de pedalar



5 horas,
6 subidas,
nevoeiro, sol, chuva, granizo, frio (muito frio a descer)
3200 m de acumulado
86 km
4600 Kcal

e uma promessa...
- "provavelmente" nunca mais

Em primeiro a estranha relação com as Sextas-feiras Santas.
Desde há três anos que começou uma bizarra relação amor-ódio com este dia.
Eu ponho-me à prova e a natureza brinda-me sempre com situações climáticas agrestes.
Neste ano comecei a subir com um sol radiante, a meio já vou envolto em nevoeiro denso e depois mais sol.
Até ao final veio o frio, a chuva, o granizo, o calor intenso, o céu coberto de nuvens a ameaçar desabar em cima de mim e a permanente ameaça de que nada estava garantido.

Arranquei e 10 metros depois já estava a subir. Ritmo de aquecimento.
A sensação de um dia para se ir levando com calma aflorou-me à ideia.
Durou quase até ao cimo da Serra de Montejunto até ao momento em que verifiquei que tinha um furo e a câmara-de-ar suplente no carro. Forcei o final e consegui não parar.
A ideia de deixar a vertente de Vila Verde para o inicio e final ficou comprometida.
Descer custou muito. Paragens para bombear algum ar para a roda traseira e depois ir descendo com muito cuidado.
De regresso ao assunto do dia, novamente a aquecer mas mais solto que na primeira incursão.
Preocupações com as condições meteorológicas, absolutamente instáveis e com variações bruscas.
A segunda subida foi a "mais fácil".
Depois veio a primeira vertente pela Abrigada.
A primeira parte é dura. Depois da descida gelada começar logo com uma rampa com passagens a 18% causa algum transtorno. Consegui entrar bem e só na curva fechada é que senti necessidade de forçar em pé.
Geri bem a comida e não tive quebras acentuadas de níveis de açucares.
O tempo nesta vertente faz justiça ao nome da localidade que a define e o calor fazia-se sentir.
Até ao final ritmo constante e a constatação da dureza da segunda parte (após o cruzamento de Pragança)

Metade da jornada estava concluída.

A quarta subida, novamente pela Abrigada para encerrar o respectivo capítulo, foi dura.
Para ajudar à festa na parte final fui bombardeado por granizo e dei comigo a pensar seriamente no assunto que ali me levou.
Para não comprometer decidi adiar alguns raciocínios para a quinta subida (vertente Pragança) e confirmei que afinal facilmente me consigo meter em exercícios de masoquismo que nem a ingestão de um gel energético de absorção rápida consegue aliviar.
Ocultei a informação no visor do GPS e fui tentando não pensar. O pulso cada vez custava mais a subir (cansaço acumulado) e inclinações de 13% dão-me algum azar...
O final foi esgotante. Na descida, a seguir à fábrica do gelo olho para a esquerda mas o cérebro envia-me para a direita, novamente até Pragança.

A sexta foi feita por intuição e parecia um exercício de auto-flagelação. Olhos baixos e depois de esgotar a capacidade de pedalar em pé deitei-me, literalmente, em cima da bicicleta e ia pedalando dentro do possível em cadências de 40 rpm.
Desapareceu o frio o calor a fome, tudo!
Parecia um autómato sempre no mesmo registo. Assim que cheguei ao miradouro, já com a parte final à vista, tive de parar para não me urinar pelas pernas abaixo.
Penso que nunca tive um sensação de cansaço como a que senti nesse momento. Tremia e não sabia se era do frio ou da fraqueza. O corpo "morria-me" e sentia os olhos a mergulharem-me no rosto salgado.
Finalmente fez-se-me luz!
- Vou já para o carro e não vou fazer a parte final.
Até Vila Verde o frio invadiu-me e os pés encharcados deixaram de se fazer sentir.
Troquei de roupa no carro e forcei-me a ingerir alguma bebida. Até Mafra tive sensações corporais estranhas e por sorte não tive uma saída de estrada porque ia adormecendo ao volante.
Só pensava:
- Ainda bem que não me lembrei de ir à sétima...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sexta-Feira Santa - 2012

Local - Montejunto
Objectivo - 6 Subidas

domingo, 1 de abril de 2012

30ª Corrida dos Sinos



A história de um tratamento corporal!

Dia chuvoso a obrigar a aquecimento reforçado com muitos atletas a percorrerem os acessos em redor do parque Ministro dos Santos. Este cenário meteorológico foi do meu agrado visto que o calor me preocupa bem mais que o frio.
Na concentração, com cerca de 1300 atletas para a corrida dos sinos, deu para verificar que os queixumes habituais nas lides ciclísticas não são filhos únicos. Uns por isto, outros por aquilo... eu limitava-me a abanar a cabeça e a pensar:
- Também devem andar de bicicleta!
De repente a partida. Ainda eu não tinha começado a andar e já havia pessoal a concluir a recta da avenida. Momento stressante para tentar não pisar ninguém e sem conseguir ter ritmo constante.
Ao fim de um quilómetro consigo finalmente começar a escolher as trajectórias e a tentar arranjar uma "roda" a seguir. Veteranos já entradotes na idade foram o alvo pois a sua passada certa inspirava confiança.
Não levei pulsómetro nem GPS e limitei-me a correr por sensações. Ao fim de 5 quilómetros já ia a arder e com ideias de tirar a camisola... No posto de abastecimento uma garrafa de água deu para arrefecer os ânimos. Aos 6 quilómetros começam forte as dores. Dor de burro precisamente para fazer justiça ao animal visto que o ritmo que levava não era o meu certamente.
Para ajudar à festa um espectador olhou para a minha cara e disse:
- Olha aquele que já vai com um tratamento!
Logo de seguida já vinham em sentido contrário os primeiros com uma passada brutal.
Cumprimentei-os com um sonoro:
- Vão correr para o car*@£§!!
Depois foi altura de me concentrar nos meus passos e pensamentos e esquecer o ambiente que me envolvia.
Durante alguns quilómetros apenas um pé à frente do outro, não evitando as poças de água - facto que não era do agrado de quem seguia ao meu lado - e quando invertemos a marcha a pendente do percurso começa a ficar mais desfavorável.
Respirava fundo e ia abrandando a marcha. Segundo comentários de alguns atletas que seguiam ao meu lado estávamos a correr o quilómetro em 4 minutos e 45 s. Abrandei mais. Nunca tinha corrido nestes registos e ainda faltava muito até ao final.
Aos 10 Km, na localidade do Sobreiro, ingiro um gel energético e refresquei-me. Daqui até ao final é sempre a decrescer!
Não conseguia ter ritmo certo. Quando forçava para subir o pulso as pernas doíam em demasia e por isso tinha de aliviar. Ao contrário da bicicleta onde consigo andar bastante tempo no vermelho a pé é coisa para poucos minutos.
Ia tentando marcar aqueles que me passavam com ritmo mais forte mas nem sempre com resultados práticos positivos visto que de vez em quando tinha de levantar o pé.
Entrei em Mafra e resolvi forçar o que podia. Técnica do esticão! Entrei no recinto e foi até ao limite.
Resultado final. Lugar 587 com 1h 12m 54s a superar as minhas expectativas mais optimistas.
Com 5 treinos de preparação a pé fica a certeza de que com treino regular dá para conseguir fazer esta distância com um conforto bem maior e principalmente evitando as enormes dores que me assolam e que me acordaram de uma sesta que deveria ter sido recuperadora.