quinta-feira, 27 de maio de 2010

Volta para 03/06/2010

"La grandíssima"

Nascida da vontade de perpetuar o contínuo movimento do pedaleiro, da necessidade de repetir uma acção infinitas vezes até a tornar perfeita...

Pelo prazer de concluir uma longa tirada, pela necessidade de superação dos nossos receios e pela convicção de que conseguimos fazer aquilo que nos propomos.

Clássica Gradil-Fátima-Gradil

O mapa é o seguinte:



Distância - 262 km
Acumulado - 3200m
Partida dia 3 de Junho de 2010

Hora de saída- 07hoo (Mafra), 07h30 (Gradil)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Rescaldo da volta de 23/05/2010

O prazer de ir fazer uma voltinha com os amigos.
Ainda que a volta tenha sido amputada numa parte pelas avarias conseguimos fazer uns razoáveis 150 km para 5h00 de pedal activo. Pelo meio, na minha menina, uma câmara de ar que deixou de o ser e um mais pesado problema no cabo das mudanças do Sérgio que o obrigou a regressar sempre com o careto de 12 dentes inserido!
Logo na descida inicial do Gradil sou obrigado a parar e a perder cerca de 15 minutos numa operação que já não realizava à cerca de 2 anos. O Sérgio e o Jonas vieram ao meu encontro e em formação triângular fomos buscar o Xico a casa interrompendo-lhe o momento de contemplação matutino. Revista a pressão da roda traseira fizemos-nos ao caminho para pararmos logo um quilometro mais à frente porque havia qualquer coisa que não tinha ficado bem... Mais uma paragem e na descida de Catefica ainda uma outra para finalmente cravar a pressão nos 8,5 bares.
Depois da saída de Torres o Jonas troca a água às azeitonas (a primeira de cinco mudas...) e finalmente a possibilidade de se manter um andamento decente. Até ao Outeiro da Cabeça neutralizámos todas as fugas e depois até ao Bombarral mantivémos o ritmo vivo para ninguém se colar a nós (foi desta forma que o Xico definiu esta fase da jornada)
Até Óbidos aliviou-se um pouco para hidratar e alimentar e até às Caldas manteve-se cadência confortável.
Quando nos dirigiamos para a Foz do Arelho ficamos isolados eu e o Jonas e quando nos apercebemos o duo Xico e Sérgio tinha desaparecido. Damos meia volta e encontramos o Sérgio de sorriso amarelo com a perspectiva de fazer o regresso em treino de musculação...
Com um empurrão ou outro nos troços mais ingremes regressámos até ao Carvalhal onde finalmente se reparou temporariamente a avaria.
Deixámos o Xico e 500 metros depois o que restava do cabo rebentou para deixar tudo na mesma. Para a frente é que é caminho. Facilmente até ao início da súbida do Gradil e mais a doer do que habitualmente depois disso.
Com uma mão nas costas a ajudar partilhámos uma súbida que na segunda fase, após a despedida do Jonas no entroncamento do Codeçal, exigiu algum pulmão.
No final a satisfação de uma jornada atípica mas bem passada. Afinal foi apenas mais um dia no escritório...

terça-feira, 18 de maio de 2010

Volta para 23/05/2010

Porque ciclismo é sinónimo de sofrimento...

A primeira preparação para "La grandíssima"
Aproxima-se o dia 3 de Junho e ainda não fizémos nenhuma saída mais longa tendo em vista o endurance em longas distâncias.

Assim no próximo domingo a saída é às 08h00 no Gradil de modo a podermos fazer cerca de 6 horas e distância próxima dos 180 km.

O percurso compreende uma deslocação para os lados de Óbidos/Caldas da Rainha e regresso.

Nota: Para aqueles que não querem sair da cama tão cedo, informo que o Aldeano, em plena preparação para o campeonato nacional, está em fase de carregar baterias pelo que sai por volta das 09h00 e vai ao nosso encontro em toada calma. O ponto de reunião estima-se que seja no Bombarral. Depois regressamos em grupo

Atleta indignado

Publico a seguinte "crónica", enviada pelo Dario.

Caros companheiros de pedaladas

Como grande parte dos amigos e parceiros de treinos e corridas já sabem, no passado dia 3 de Abril de 2010 a escora traseira da minha Scott Scale Limited partiu-se durante o evento G100 (100 Km de Grândola). Como é natural contactei a empresa representante da marca (Stand Jasma) afim de usar a garantia, que é de 36 meses (a bicicleta tem 27 meses).
Disponibilizaram-se prontamente a avaliar a situação. No entanto afirmaram que eu não tinha direito à garantia por ter sido negligência minha ao ter provocado, eventualmente, um chupão ao desviador, o que provocou a separação do quadro em duas partes !!
Estupefacção, foi o que senti instantaneamente. Reclamei argumentando que o motivo por eles invocado estava impregnado de impossibilidades técnicas, para além de toda a transmissão estar em óptimas condições, como podem verificar pelas fotos. Da segunda vez que vistoriaram a
bicicleta o veredicto foi o mesmo. A técnica usada só pode ter sido o "olhómetro", porque eu próprio, juntamente com dois mecânicos diferentes, em diferentes ocasiões, verificámos que era impossível o desviador ter partido aquela escora.
O especialista do Stand Jasma parece que é muito graduado nas altas esferas dos mecânicos, no
entanto não consegue explicar-me como é que, de duas partes que chocam violentamente uma delas fica completamente destruída (carbono) e a outra intacta (plástico). Outra questão que deve ter somente explicação na Twilight Zone tem a ver com o Dropout, que está parece saído da fábrica, novo. Finalmente, e para terminar, como podem observar nas fotos, eu com a minha mão após exercer uma força considerável encostei o olhal do desviador ao quadro. Ele toca sim senhor, mas a 10 cm da zona fracturada !! Na zona da fractura nem a peça de plástico lá consegue chegar !!!
Portanto, gastei bastante dinheiro para ter uma bike topo de gama, com uma garantia de 5 anos caso fizesse as revisões anuais na marca e 3 anos se não o fizesse (era o meu caso). A empresa representante desta marca fez uma avaliação leviana da bicicleta, não apresentando argumentos válidos que sustentassem a sua decisão. O quadro partiu-se por defeito de material. Esta é a minha convicção.
Nunca fiz um chupão nesta bicicleta. Esta é uma verdade absoluta. E se fizesse, qual era o problema ? Se por cada chupão se partisse um quadro, meus amigos, o melhor era comprar a bike, embalsamá-la e pendurá-la na garagem!
Aguardo a solidariedade da comunidade ciclistica neste caso, pois acho mesmo muito importante que as marcas se prestem a atender os seus clientes com dignidade, e espanta-me que não o façam com a concorrência que existe no mercado.

Junto envio algumas fotos para poderem tirar as vossas conclusões.







domingo, 16 de maio de 2010

Rescaldo da volta de 16/05/2010



Subida acumulada 1.874 Meter
Média - 24,40 km/h

Volta com a presença do Sérgio e Jonas, feita em bom ritmo mas sem "loucuras".
Depois da última semana precisava de dar uma tareia a mim mesmo para voltar a pôr as coisas no sítio. Felizmente os meus companheiros de jornada gostam de subir e não se fizeram rogados a acompanharem-me por doze súbidas, das quais duas com pendentes acima dos 20% e outras com troços acima dos 15%. O objectivo era treinar a subir procurando evitar regimes demasiado altos, ou seja tentando arranjar endurance no terreno que me é mais difícil.
Para a Carapinheira aqueceram-se os ânimos. De Mafra Gare para a Pedra Furada o primeiro aperto e os músculos dúrissimos que davam indicação negativa. Contornámos por Maceira e na rampa para Anços pioram as coisas quando tentei ir na roda do Sérgio.
Novamente na direcção de Mafra Gare e outra súbida. Arranco bem mas a meio perco ritmo e sou ultrapassado pelo duo que segue com autoridade em cadência elevada. Até Alcainça enrolo a pedaleira grande e consigo algum conforto.
Descida para Cheleiros e logo de seguida uma tareia em direcção ao Ameal que começa nos 15%, com passagens de 22% nos primeiros 500 metros. Contrariamente aquilo que esperava reagi bem levando o Sérgio em sofrimento na minha roda, Na primeira zona de "descanso" agrupamos e por mais alguns quilómetros o conforto de ter arranjado ritmo. No cimo desceu-se para o Carvalhal e logo de seguida mais uma série bem mais calma até à nacional Terrugem-Ericeira com os seus 10% de inclinação.
Depois dos Alvarinhos pela Assafora e um carrossel que foi feito em amena cavaqueira. Até São Julião o Jonas deu-me uma ajuda para aumentar andamento e entre todos uma luta contra o vento frontal que teimava em nos fazer sofrer.
Na praia o prazer de partilhar dois dedos de conversa a ouvir as ondas e novamente a caminho. Até ao Cruzamento voltámos a aquecer e descemos para a Sr.ª do Ó para levarmos com mais uma rampa curta que vai até aos 23%, suaviza para os 14% e na parte final um pequeno troço com pavimento em cimento com passagem nos 24%... Respirava-se fundo sem diferenças assinaláveis. Descemos até Ribeira de Ilhas, e subimos para a Lagoa. Na Picanceira descemos para logo depois se cortar para o Sobral da Abelheira. Até lá mais uma passagem pelos 18% mesmo antes da casa do Jonas.
Descemos e súbimos sem relaxar para a Barreiralva. Com o Sérgio na roda até à curva e depois a sofrer (lá se foi o endurance às urtigas...) para aguentar a 15 km/h na roda deste e conseguindo dar-lhe uma ajuda na parte final na chegada ao cruzamento onde se nos junta o Jonas para um momento de Street-race com uns btt's que vinham embalados a descer. Até à rotunda da Barreiralva as hostilidades cessaram mas o esforço prolongou-se até à Murgeira com uma série a rolar quase a 40 km/h
Nas despedidas o meu agradecimento por tão boa companhia e pela excelente volta. Obrigado rapazes!

terça-feira, 11 de maio de 2010

As fotografias do crime..























O porco, segundo descrição do PP...

domingo, 9 de maio de 2010

Rescaldo da volta de 09/05/2010

Paulo Pais magrinho alimenta, com a sua própria carne, porco em fase de engorda.

Tudo aconteceu na zona da Abrigada. Após paragem forçada por queda, enquanto se fazia o balanço de mortos e feridos, um alegre e bonacheirão porco preto atraído pelo barulho provocado pelo magote ciclista aproximou-se da vedação para melhor constatar e testemunhar o incidente.

Num destacado gesto humanitário alguns dos atletas começaram a dar barras energéticas ao animal que segundo constava não era mal alimentado. Excitado com a nova dieta o suíno perdeu a vergonha que nunca teve e seguia avidamente todas as mão que eventualmente o pudessem alimentar. Uma coisa leva a outra e pouco de pois já se estavam a tirar fotografias de conjunto. Num breve lapso de tempo o Paulo Pais descuida-se e o porcino arranca-lhe, literalmente, um bocado da pele do dedo.


Pequena hemorragia e a preocupação do PP com as vacinas e com as possíveis consequências deste acto gentil da parte do alegre e inofensivo animal. Assim o homem da Caneira arranca, na companhia do Xico, em direcção aos bombeiros da Abrigada onde os informa de que tem todas as vacinas em dia mas que mesmo assim tem algum receio de contaminar o pobre e indefeso animal...

Tal como podem constatar na segunda fotografia, tirada apenas 15 minutos após a primeira, "algo" provocou uma forte infecção no animal que entrou em estado de choque e faleceu sem conseguir lavrar a última vontade em testamento. Segundo um galo, propriedade de um vizinho vesgo, esta consistia em que lhe fosse servido o resto do dedo em "dedinhos de coentrada".
Aguarda-se o resultado da autópsia tendo entretanto sido emitido um mandato de captura contra o galo, por difamação, motivado por queixa anónima.
O dono do porco já fez saber que pretende que a última vontade do animal seja cumprida!

Nota: Este "rescaldo" é dedicado ao padrasto do PP pelo afinco com que segue as nossas aventuras

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Volta para 09/05/2010

Ponto de encontro - Trouxas da Malveira pelas 08h30m

Encontro com o grupo Pinabike para fazer volta com o seguinte percurso:


No regresso no Sobral de Monte Agraço vimos por Pêro Negro

Quem aparece?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O Ciclismo 2640 foi ao BTT

Representados desta feita pelo trio Pedrix, Sérgio e Ruka o Ciclismo2640 foi fazer uma incursão pela terra.
Deixo aqui o relato do Pedrix e agradeço aos três a partilha de sensações e principalmente a boa disposição que é nosso apanágio.

Continuação de boas pedaladas e na próxima repitam a dose sff!!!


Espécie de rescaldo dos bttistas do 2640 on Furadouro, by Pedrix

Lembrei-me do desafio de ir a pedalar para o Passeio do Furadouro, no passado domingo, com vista a preparar-me para a maratona de Arouca do próximo fim semana. Passeio com cerca de 42 kms na zona da Serra do Socorro (1345m acumulado) mais deslocação, cerca de 22 kms para cada lado saindo de Mafra. Lanço o convite ao Sérgio e ao Ruka (também vai a Arouca) que aceitam. Quando me preparo para sair de casa recebo sms do Ruka a dizer que estava atrasado com um problema na câmara ar e que ia directo ao Furadouro. Encaixo os cleats às 7.15 (que castigo) e às 7.30 junto-me ao Sérgio na Murgeira conforme combinado. Estava o duo formado. Lá fomos nós Gradil abaixo e passado 1h10 de conversa e 420m de acumulado já estávamos no Furadouro. Até chegámos cedo demais, o que nos fez levar com 40min de seca às voltinhas no local de partida e a arrefecer. Lá foi chegando o pessoal incluindo o Ruka que se viu à rasca para achar o Furadouro. Finalmente o passeio dá sinais de arrancar, o Sérgio dou por ele na primeira linha bem colocado, literalmente a bater dente pois corria um ventinho bem fresco, o Ruka também por ali e eu logo atrás. Começa o passeio, partida logo a subir pela serra do Socorro acima direito ao cume, arranca a moto4, que encosta mal se chega à primeira “parede” na frente. A arrancar forte destaca-se uma vedeta qualquer que o Sérgio até conhecia (ele topa-os todos) e logo atrás vai o nosso trepador, num começo muito forte, seguido pelo Ruka. Eu vejo isto tudo cá detrás com uns 20 bttistas pelo meio e depressa decido acalmar a pulsação, pois a minha prioridade era não estoirar. Consigo meter o meu ritmo, não perdendo mais posições e pouco tempo depois recupero uns lugares. Avisto o Sérgio e o Ruka quase juntos, uns 500m à minha frente, as distâncias ficaram assim até ao cume do Socorro ainda nem tínhamos 10 kms feitos de passeio. Depois do topo do Socorro perdi-lhes o contacto visual, entrei num ritmo mais económico e fiquei com o Pedro Silva dos Metralhas BTT um colega meu (e do Rocha), fã de resistência, das 24h,das travessias, de subir (estava no sitio certo) a revelar-se uma excelente roda. Chega o 1º abastecimento, encontro o Sérgio e o Ruka já comidos e hidratados, fizeram um compasso de espera só para eu deliciar-me com um batido de chocolate da herbalife e uns gomos de laranja. Hora de recomeçar a pedalar, lá fomos todos juntos, tirando o metralha que decidiu ficar com outro metralha acabado de chegar ao abastecimento. Os kms foram passando comigo uma vez ou outra no elástico, nunca mais me livro disto. Ate à zona de Runa tivemos um pouco de reta com muitos buracos onde o Ruka se sentiu bem à vontade mostrando as suas características rolantes e a mais-valia da sua bike com suspensão total. Depois Dois Portos onde que havia zonas bem mais técnicas com excelentes single tracks, provocando hesitações e receios. Mais um abastecimento, onde acho que todos, provámos uns bolinhos com recheio de chocolate, desta vez resisti ao batido. Os 2 metralhas juntam-se a nós neste abastecimento e arrancamos em grupo depois de mais esta paragem. Entrávamos no últimos 10 kms de passeio e para acabar na dureza seguiu-se uma ascensão bem longa até às ventoinhas eólicas que pareciam não acabar nunca, nesta ultima ascensão senti-me bem, acabando a subida com o Sérgio onde ganhámos ligeira vantagem em relação ao Ruka e ao metralha. Descida também bem longa para o Furadouro e estava feito. Fiquei com a ideia de que cumprimos sempre a “provocação” do Manso de ficar nos 10 primeiros, arriscaria em que chegaram apenas 2 antes de nós, mas não sei. Não nos podemos esquecer que não havia classificações, era apenas um passeio e em Portalegre estavam 3000 bttistas amadores, muitos de qualidade. Estava feito o passeio faltava chegar a casa e estava a ficar tarde. Despedidas ao people, T-shirt mais duas canetas no bolso de lembrança, uns fiozinhos de óleo na corrente e regresso do duo Sérgio e eu a casa. Desta vez quase sempre a descer até Barras, mais conversa e para acabar este fantástico treino em beleza o Gradil bem desgastados e com as bikes bem carregadinhas com muita lama. Chegada à Murgeira despeço-me do Sérgio, transmito-lhe o acumulado registado pelo gps, e ficou a satisfação deste duo da poeira. Para a semana alguém há-de pagar por este treino eheh

Números: 6h31m agarrado à bike/5h36m a pedalar (onde se inclui as voltinhas na partida) 94kms / 2238m acumulado

domingo, 2 de maio de 2010

Rescaldo da volta de 02/052010

A(s) volta(s) dos trepadores

Decidi "usar" o plural para manifestar que dentro desta volta houve muitas outras voltas. Pelo largo número de participantes esperar outra coisa não seria natural visto que as neutralizações eram cumpridas de diversas formas e proporcionavam a formação de grupos que se iam lentamente afastando e quando se dava por isso já havia vários alinhamentos em disputa das diversas ascensões que marcaram a nossa jornada. Da parte que me toca, refiro que, a fórmula não me desagradou por completo, principalmente porque o grau de satisfação dos participantes era manifestamente elevado, e porque deste modo havia quase sempre referências de atletas a seguir e a perseguir e conseguiu-se ainda que as disputas fossem baralhadas impedindo-se que as marcações habituais fossem efectuadas sendo este facto catalizador de acesas e saudáveis disputas. No fundo ganhámos todos!
A referir que nem todos os que começaram terminaram, por diversos motivos, sendo que no nosso caso acautelámos os que "desapareceram em combate" com a devida chamada telefónica e com a marcação de pontos de reunião ulteriores.

O percurso com um nome destes não deixava enganar os mais incautos e a média no regresso à Venda do Pinheiro, de 29 km/h ,(este número foi-me fornecido visto que não tenho conta-quilómetros), depois de efectuadas todas as ascensões deixou-me positivamente impressionado com a escalada de forma geral dos habituais intervenientes nas voltas domingueiras.

Dos nossos comparecemos muitos. Eu o Aldeano e o João Rodrigues de Mafra, o Xico, Dario, PP, Jonas e o inesperado Marco Silva da zona do Livramento e por fim mas não por último o poupadinho da Venda do Pinheiro internacionalmente conhecido só por Rocha.

Até Bucelas tempo para colocar a conversa em dia e a decisão de não entrarmos com estratégia definida. Quer isto dizer que iamos à descoberta e na expectativa de verificar posturas que depreendamos foram "saudáveis" quanto baste.

Em Bucelas aparece o João do Brinco e Samuel e informam-nos de que o grosso do pessoal já tinha passado. O Jonas pára para mudar a água às azeitonas e observamos ao longe um largo pelotão. Andamento de caçada e o Aldeano serena ânimos para não chegarmos afogados à cauda do pelotão.Nisto liga o Ricardo, em muito boa hora refira-se, e alivia-se à frente. Assim que nos juntamos o Aldeano e Marco Silva metem-se na liderança e o passo foi progressivamente aumentando. O vento castigava com impetuosidade e azedava a presença à frente. No último sector rendo o Marco e na parte final temos a ajuda de um outro elemento que acelerou e acentuou as marcas que o nosso duo tinha criado. Note-se que a grande maioria permaneceu no pelotão, sendo de destacar a ausência, manifestamente estratégica, do André que poupou esforços nesta fase.
No Sobral parou-se para reagrupamento mas alguns elementos nunca chegaram a aparecer. Por entre pequenos desentendidos acabo por ficar com o PP e com o Ricardo e até Alenquer somos obrigados a fazer perseguição forçada e acelerada acabando apenas por se consumar a recolagem no inicio da segunda dificuldade do dia (Mata). Eu e o PP optamos por nos colocarmos no conforto do pelotão enquanto que o Ricardo mantém passo e cedo assumiu a liderança sem pejo de se colocar em ritmo de castigo que viria a provocar estragos. Reagem alguns, inicialmente a conta gotas, e depois em bloco quando o Aldeano meteu passo. Eu deixo estabilizar as coisas e meti o meu andamento com serenidade. Recuperando posições relativamente aqueles que foram de esticão vejo o Professor Dario como referência a seguir e vou no seu encalço. De todos os que seguiam comigo apenas o Nuno Garcia me acompanhou. Passo o Dario e meto-o na minha roda. A próxima ajuda seria a do Xico visto que o João Rodrigues que chegou a estar na mira entretanto fez uma parte final de grande nível e conseguiu chegar muito próximo da frente, connosco a fechar logo de seguida. O homem do Carvalhal assim que me ouviu ganhou novo impeto e deu-me uma breve ajuda com uma aceleração para depois seguir na nossa roda.
Daquilo que me apercebi na frente chegou o André com o Aldeano muito próximo e com um número considerável de elementos a fecharem de perto. Nesta súbida as diferenças foram maiores e tardou-se algum tempo para estarmos todos. Distraido na conversa com o Dario damos por nós na cauda do grupo com muita gente espalhada já em plena descida para Bucelas. Conseguimos recuperar até à roda do Aldeano deixando outros grupos algo mais atrasados. Fazemos uma perninha e disparamos em direcção à dianteira onde meia dúzia de Pinas liderados pelo Freitas são desafiados pelos nossos Rocha e João Rodrigues.

Nunca os chegámos a apanhar todos mas ultrapassámos e demos boleia a uns poucos que seguiam em posição intermédia mantendo sempre bom ritmo e a uns poucos que foram pingando deste grupo. Assim que se vira em direcção a Montachique o Xico mete aquele passo de quem tem vontade de fazer estragos e alonga o grupo. Inicialmente cedo ligeiramente mas depois de estabilizar a pendente consigo ir com o grupo com algum conforto que durou até à passagem pelo parque de campismo onde decido estabilizar e abrir ligeiramente até ao final onde já tinham chegado entretanto o duo Rocha e João Rodrigues que salientaram a grande "batatada" que tinha existido com os colegas de fuga. (Estavam bem dispostos os rapazes!)
Unânime o grande trabalho do Xico. Fez uma boa súbida liderando o grupo, em que a presença do Aldeano refreou eventuais ataques que pudessem existir, e mantendo sempre ritmo muito vivo. Saliento a presença neste grupo do PP, Marco Silva e Dario que tiveram bons desempenhos, assim como alguns "anónimos" que deram muito boa conta do recado. Ainda faltava muito terreno agreste e isso notava-se nos prontos reabastecimentos. Pouco depois surge o Ricardo com outro grupo e sem demoras partiu-se para a nova etapa. Dos nossos o Dario estava com problemas com um furo lento (mais um Karamba!) e por isso ficámos ligeiramente atrasados em relação ao topo do pelotão.
Em Lousa alguns enganos no trajecto e a verificação de que nesta terra ciclista é rei! Uma senhora corta o trânsito de braço em riste e indica-nos o percurso que já o Rocha tinha assinalado. Nesta nova súbida o Rocha mete passo e leva-me isolado com ele. Infelizmente abriu demasiado cedo e deixa-me em solitário numa súbida que nunca tinha feito. Novamente observo alguns elementos espalhados pela súbida e vou no seu encalço até que o Aldeano surge ao meu lado. Meto-me na sua roda e lá vamos os dois em ritmo de cruzeiro. Em determinada altura começo a ficar preocupado com a duração da súbida mas o Veterano obriga-me a ir na sua roda (obrigado pelo incentivo) e a manter cadência. Mesmo no final junta-se-nos o Dario com um companheiro e chegamos ao topo logo a seguir ao pelotão principal onde suponho que não tenha havido grandes movimentações pelo elevado número de presenças.
Novamente na frente, eu e o Aldeano, assim que viramos para Santa Eulália ensaio uma aceleração. Da primeira vez houve resposta pronta, na segunda ouço o Rocha a gritar "vai, vai!!". Rapidamente ganhei forte avanço e consegui controlar a chegada sem grande desgaste. Com as movimentações de perseguição o Aldeano geriu a chegada "músculada" na frente ao sprint. Foi a única vez que fizémos "jogo de equipa", curiosamente com duplo resultado.
Hidrataram-se as bocas e encheram-se cantis. Faltava Salemas, e eu ia gozando que seriamos era "só lesmas" a subir. Logo de inicio o André e Aldeano fazem marcações e muito poucos aguentam o impeto inicial. A maioria optou por regimes controlados enquanto que eu mais uma vez "virgem" neste percurso acabei por agarrar o roda do Ricardo que ia controlando a distância para os cabecilhas. Cedi na parte final da fase ingreme agradecendo a boleia do trepador e sendo ultrapassado pelo João Rodrigues que vinha com um excelente ritmo. Dos nosso faltaram apenas o Xico e o Marco Silva (perderam-se em Montemuro). Saliento ainda o Jonas que fechou o grupo com rosto vincado pelo esforço.
Tinham chegado ao fim as hostilidades. De regresso a Mafra completaram-se cerca de 125 km de uma manhã bem passada. Da parte do directivo Ciclismo 2640 o nosso obrigado pela recepção calorosa e pela boa camaradagem.
Tempo ainda para referir que estamos a tentar fazer uma saída no próximo domingo em conjunto. Inicialmente sugeri Sintra, mas como alguém salientou o pelotão é demasiado grande para uma incursão para aquelas bandas. A minha sugestão é então que se faça a volta que não concluimos em torno de Montejunto, sem subir lá acima, sendo o ponto de reunião principal em Pêro Negro ou ainda em alternativa na Malveira. Digam de vossa justiça!