Decidi "usar" o plural para manifestar que dentro desta volta houve muitas outras voltas. Pelo largo número de participantes esperar outra coisa não seria natural visto que as neutralizações eram cumpridas de diversas formas e proporcionavam a formação de grupos que se iam lentamente afastando e quando se dava por isso já havia vários alinhamentos em disputa das diversas ascensões que marcaram a nossa jornada. Da parte que me toca, refiro que, a fórmula não me desagradou por completo, principalmente porque o grau de satisfação dos participantes era manifestamente elevado, e porque deste modo havia quase sempre referências de atletas a seguir e a perseguir e conseguiu-se ainda que as disputas fossem baralhadas impedindo-se que as marcações habituais fossem efectuadas sendo este facto catalizador de acesas e saudáveis disputas. No fundo ganhámos todos!
A referir que nem todos os que começaram terminaram, por diversos motivos, sendo que no nosso caso acautelámos os que "desapareceram em combate" com a devida chamada telefónica e com a marcação de pontos de reunião ulteriores.
O percurso com um nome destes não deixava enganar os mais incautos e a média no regresso à Venda do Pinheiro, de 29 km/h ,(este número foi-me fornecido visto que não tenho conta-quilómetros), depois de efectuadas todas as ascensões deixou-me positivamente impressionado com a escalada de forma geral dos habituais intervenientes nas voltas domingueiras.
Dos nossos comparecemos muitos. Eu o Aldeano e o João Rodrigues de Mafra, o Xico, Dario, PP, Jonas e o inesperado Marco Silva da zona do Livramento e por fim mas não por último o poupadinho da Venda do Pinheiro internacionalmente conhecido só por Rocha.
Até Bucelas tempo para colocar a conversa em dia e a decisão de não entrarmos com estratégia definida. Quer isto dizer que iamos à descoberta e na expectativa de verificar posturas que depreendamos foram "saudáveis" quanto baste.
Em Bucelas aparece o João do Brinco e Samuel e informam-nos de que o grosso do pessoal já tinha passado. O Jonas pára para mudar a água às azeitonas e observamos ao longe um largo pelotão. Andamento de caçada e o Aldeano serena ânimos para não chegarmos afogados à cauda do pelotão.Nisto liga o Ricardo, em muito boa hora refira-se, e alivia-se à frente. Assim que nos juntamos o Aldeano e Marco Silva metem-se na liderança e o passo foi progressivamente aumentando. O vento castigava com impetuosidade e azedava a presença à frente. No último sector rendo o Marco e na parte final temos a ajuda de um outro elemento que acelerou e acentuou as marcas que o nosso duo tinha criado. Note-se que a grande maioria permaneceu no pelotão, sendo de destacar a ausência, manifestamente estratégica, do André que poupou esforços nesta fase.
No Sobral parou-se para reagrupamento mas alguns elementos nunca chegaram a aparecer. Por entre pequenos desentendidos acabo por ficar com o PP e com o Ricardo e até Alenquer somos obrigados a fazer perseguição forçada e acelerada acabando apenas por se consumar a recolagem no inicio da segunda dificuldade do dia (Mata). Eu e o PP optamos por nos colocarmos no conforto do pelotão enquanto que o Ricardo mantém passo e cedo assumiu a liderança sem pejo de se colocar em ritmo de castigo que viria a provocar estragos. Reagem alguns, inicialmente a conta gotas, e depois em bloco quando o Aldeano meteu passo. Eu deixo estabilizar as coisas e meti o meu andamento com serenidade. Recuperando posições relativamente aqueles que foram de esticão vejo o Professor Dario como referência a seguir e vou no seu encalço. De todos os que seguiam comigo apenas o Nuno Garcia me acompanhou. Passo o Dario e meto-o na minha roda. A próxima ajuda seria a do Xico visto que o João Rodrigues que chegou a estar na mira entretanto fez uma parte final de grande nível e conseguiu chegar muito próximo da frente, connosco a fechar logo de seguida. O homem do Carvalhal assim que me ouviu ganhou novo impeto e deu-me uma breve ajuda com uma aceleração para depois seguir na nossa roda.
Daquilo que me apercebi na frente chegou o André com o Aldeano muito próximo e com um número considerável de elementos a fecharem de perto. Nesta súbida as diferenças foram maiores e tardou-se algum tempo para estarmos todos. Distraido na conversa com o Dario damos por nós na cauda do grupo com muita gente espalhada já em plena descida para Bucelas. Conseguimos recuperar até à roda do Aldeano deixando outros grupos algo mais atrasados. Fazemos uma perninha e disparamos em direcção à dianteira onde meia dúzia de Pinas liderados pelo Freitas são desafiados pelos nossos Rocha e João Rodrigues.Nunca os chegámos a apanhar todos mas ultrapassámos e demos boleia a uns poucos que seguiam em posição intermédia mantendo sempre bom ritmo e a uns poucos que foram pingando deste grupo. Assim que se vira em direcção a Montachique o Xico mete aquele passo de quem tem vontade de fazer estragos e alonga o grupo. Inicialmente cedo ligeiramente mas depois de estabilizar a pendente consigo ir com o grupo com algum conforto que durou até à passagem pelo parque de campismo onde decido estabilizar e abrir ligeiramente até ao final onde já tinham chegado entretanto o duo Rocha e João Rodrigues que salientaram a grande "batatada" que tinha existido com os colegas de fuga. (Estavam bem dispostos os rapazes!)
Unânime o grande trabalho do Xico. Fez uma boa súbida liderando o grupo, em que a presença do Aldeano refreou eventuais ataques que pudessem existir, e mantendo sempre ritmo muito vivo. Saliento a presença neste grupo do PP, Marco Silva e Dario que tiveram bons desempenhos, assim como alguns "anónimos" que deram muito boa conta do recado. Ainda faltava muito terreno agreste e isso notava-se nos prontos reabastecimentos. Pouco depois surge o Ricardo com outro grupo e sem demoras partiu-se para a nova etapa. Dos nossos o Dario estava com problemas com um furo lento (mais um Karamba!) e por isso ficámos ligeiramente atrasados em relação ao topo do pelotão.
Em Lousa alguns enganos no trajecto e a verificação de que nesta terra ciclista é rei! Uma senhora corta o trânsito de braço em riste e indica-nos o percurso que já o Rocha tinha assinalado. Nesta nova súbida o Rocha mete passo e leva-me isolado com ele. Infelizmente abriu demasiado cedo e deixa-me em solitário numa súbida que nunca tinha feito. Novamente observo alguns elementos espalhados pela súbida e vou no seu encalço até que o Aldeano surge ao meu lado. Meto-me na sua roda e lá vamos os dois em ritmo de cruzeiro. Em determinada altura começo a ficar preocupado com a duração da súbida mas o Veterano obriga-me a ir na sua roda (obrigado pelo incentivo) e a manter cadência. Mesmo no final junta-se-nos o Dario com um companheiro e chegamos ao topo logo a seguir ao pelotão principal onde suponho que não tenha havido grandes movimentações pelo elevado número de presenças.
Novamente na frente, eu e o Aldeano, assim que viramos para Santa Eulália ensaio uma aceleração. Da primeira vez houve resposta pronta, na segunda ouço o Rocha a gritar "vai, vai!!". Rapidamente ganhei forte avanço e consegui controlar a chegada sem grande desgaste. Com as movimentações de perseguição o Aldeano geriu a chegada "músculada" na frente ao sprint. Foi a única vez que fizémos "jogo de equipa", curiosamente com duplo resultado.
Hidrataram-se as bocas e encheram-se cantis. Faltava Salemas, e eu ia gozando que seriamos era "só lesmas" a subir. Logo de inicio o André e Aldeano fazem marcações e muito poucos aguentam o impeto inicial. A maioria optou por regimes controlados enquanto que eu mais uma vez "virgem" neste percurso acabei por agarrar o roda do Ricardo que ia controlando a distância para os cabecilhas. Cedi na parte final da fase ingreme agradecendo a boleia do trepador e sendo ultrapassado pelo João Rodrigues que vinha com um excelente ritmo. Dos nosso faltaram apenas o Xico e o Marco Silva (perderam-se em Montemuro). Saliento ainda o Jonas que fechou o grupo com rosto vincado pelo esforço.
Hidrataram-se as bocas e encheram-se cantis. Faltava Salemas, e eu ia gozando que seriamos era "só lesmas" a subir. Logo de inicio o André e Aldeano fazem marcações e muito poucos aguentam o impeto inicial. A maioria optou por regimes controlados enquanto que eu mais uma vez "virgem" neste percurso acabei por agarrar o roda do Ricardo que ia controlando a distância para os cabecilhas. Cedi na parte final da fase ingreme agradecendo a boleia do trepador e sendo ultrapassado pelo João Rodrigues que vinha com um excelente ritmo. Dos nosso faltaram apenas o Xico e o Marco Silva (perderam-se em Montemuro). Saliento ainda o Jonas que fechou o grupo com rosto vincado pelo esforço.
Tinham chegado ao fim as hostilidades. De regresso a Mafra completaram-se cerca de 125 km de uma manhã bem passada. Da parte do directivo Ciclismo 2640 o nosso obrigado pela recepção calorosa e pela boa camaradagem.
Tempo ainda para referir que estamos a tentar fazer uma saída no próximo domingo em conjunto. Inicialmente sugeri Sintra, mas como alguém salientou o pelotão é demasiado grande para uma incursão para aquelas bandas. A minha sugestão é então que se faça a volta que não concluimos em torno de Montejunto, sem subir lá acima, sendo o ponto de reunião principal em Pêro Negro ou ainda em alternativa na Malveira. Digam de vossa justiça!
Dario e João Rodrigues,
ResponderEliminarA prova de BTT de que vos falei é a Nissan Titan Desert. Arrancou hoje e para muitos é uma prova de superação. Há um atleta que pedala só com uma perna (amputado) e um outro que usa uma bicicleta sem mudanças...
As etapas são relativamente curtas - rondam os 100 km mas com o braseiro das dunas deve ser "impactante"
boas pessoal. tou a ver que tudo correu bem. a nossa volta tambem correu. pedi ao pedrix pa fazer o rescaldo. nao tenho muito geito pa coisa. abraco a todos
ResponderEliminarSerginho, bem-vindo de regresso!
ResponderEliminarFico a aguardar o relato da vossa aventura.
Abraço
bela volta pessoal da estrada,bom percurso e bom pelotao só foi mau eu nao poder estar em 2 sitios ao mesmo tempo e tinha mesmo que ir para o btt.
ResponderEliminarManso mandei-te um email com o nosso rescaldo,acho eu.Se quiseres adiciona como comment.
abraço a todos.
Sergio ganda treino,hoje mal conseguia subir escadas,benditos elevadores
Já está publicado como merece. Com post criado para o efeito. Obrigado Pedrix pelo rescaldo e aos três pela boa volta.
ResponderEliminarAbraços
Oi pessoal
ResponderEliminarBom treino. Apraz-me registar com agrado o excelente momento de forma que o Manso e o Chico estão a atravessar. Ao contrário de alguns, fico feliz quando os meus amigos estão bem. Parabéns!!
Entretanto li no relato do Pedrix que há bastante malta que vai a Arouca. Eu continuo sem bike de btt, pelo que é mais uma a que vou faltar. Em Arouca vocês vão perceber o que é uma prova federada. Vejam os tempos do 140º classificado e depois digam coisas...
Abraços a todos
Dario,
ResponderEliminarAgradeço as tuas palavras que sei sinceras e que afiançam o teu carácter.
Será sempre um prazer pedalar ao teu lado porque és um exemplo de lutador.
Quanto à manifesta infelicidade de não poderes ir à maratona de BTT cabe-nos em sorte poder contar com a tua companhia. Até domingo.
Abraços
Boas Dario,
ResponderEliminarSei que estás sem quadro, tenho um Orbea novinho de alumínio que é a tua medida parado na garagem, tenho todo o gosto em tu emprestar pelo tempo que precisares, basta colocar o teu material.
Abraço
Manso e Xico,
ResponderEliminarFaço minhas as palavras do Dario, Parabéns ! Estão bem bons para o que treinam e sei que não é muito, por isso não é fácil estar ao vosso nível.
Mas o Manso, também conhecido pelo " Ronaldo pé de chumbo " tem de usar mais a bela da cabecinha, Não é amigo ?
Só mais uma coisa, para os que não acreditavam no trabalho de base que foi feito no principio de época, o exemplo do Manso comprova o resultado de uma boa base de trabalho.
ResponderEliminarNunca o vi o Manso estar ao nível que está neste momento.
Tenho razão Manso ?
Boas Aldeano,
ResponderEliminarObrigado pelas tuas palavras e pelo teu exemplo. És uma referência em termos de dedicação e esforço.
Relativamente ao meu estado de forma saliento o seguinte:
O factor que mais contribuiu para atingir um outro patamar foi o ter deixado de fumar em Janeiro deste ano. Hoje reconheço que estragava durante a semana todo o esforço que despendia no fim-de-semana.
Depois de começarmos a andar em grupo comecei, lentamente, a seguir os vossos exemplos e a ouvir os vossos conselhos. O trabalho de base foi feito a nível aeróbico. Lentamente o progredir do esforço e finalmente meia dúzia de empenos que me prepararam para esforços continuos e regulares.
Fiz treinos, sem nunca entrar manifestamente em regimes anaeróbicos, contigo, com o João Rodrigues e com o Dario (se bem que com o professor menos porque este arrancou muito cedo com a sua preparação)que nunca tinha praticado e que em determinada altura questionei se teriam aplicação prática em mim...
Ironicamente hoje subo muito melhor com menos esforço! Rolo às 170 bpm como antes fazia bem depois das 180 bpm. Tenho médias cardíacas mais baixas e com melhores performances.
Um olho treinado como o teu vê o resultado de um esforço por progredir com uma base mais cientifica. Para os mais distraídos estes "milagres" são voláteis. Graças ao vosso exemplo acredito que são possíveis de repetir esporadicamente.
De referir ainda que deixei de jogar futebol à cerca de um mês e isso permitiu-me uma melhor recuperação do esforço do ciclismo e que a natação, que pratico com professor duas vezes por semana, me tem ajudado imenso no controle respiratório e na eficiência de respiração.
Para finalizar agradeço a partilha das vossas experiências e principalmente da vossa amizade desinteressada. Temos um grupo com uma base bastante sólida e tem sido um enorme prazer e privilégio partilhar os domingos ciclisticos convosco.
Abraços
PS - Relativamente à parte de racionalizar melhor as voltas isso, neste momento, ainda vai ter que ser bem aprendido... O que interessa é que me continuo a divertir!
Oi malta
ResponderEliminarObrigado Aldeano pela tua disponibilidade em emprestares a tua bike. Acontece que estou com um problema, que hoje se agravou consideravelmente. Tem a ver com a garantia da Scott. Os gajos enviaram hoje um mail a dizer uma data de mentiras, tipo foi um "chupão" que partiu o quadro entre outras alarvidades próprias de mentirosos que querem fugir às suas responsabilidades. Enviei há pouco tempo um email ao Manso que peço para o reenviar aos outros, pois só tenho o endereço dele. Manso não o coloques ainda aqui no Blog porque eu fiz um ultimato à Scott e caso eles não cedam então aí fazemos uma mega divugação desta situação ok ? Entretanto não posso desmanchar ainda a bike pois está a servir de prova caso seja necessário.
Abraços e obrigado
Amigo Dario,
ResponderEliminarO problema que referes é, na minha opinião, bem mais complexo do que aparenta.
Não sei se te enviaram o relatório da peritagem... ou se este é apenas um e-mail onde se sugere que por mau uso da bike (leia-se bike com transmissão suja - corrente, cassete e desviador - afinal para que servem as bikes de BTT?) partiste o quadro.
A ser assim isto é no mínimo leviano. Se é para não fazer actuar a garantia o cuidado na elaboração do relatório de peritagem deveria ser muito maior de modo a salvaguardar a posição de quem o fez e de modo a não te deixar grande margem de manobra.
O conselho que te dou é o de exigires o relatório de peritagem para poderes enviar para a própria marca juntamente com o teu processo de reivindicação. Este processo, esgotadas as formas de resolução pacíficas, mais uma vez em minha opinião, já não deve ser feito por ti mas por um advogado que eventualmente apresente também uma peritagem feita por um técnico credenciado para o efeito onde se saliente a origem do problema e onde se demonstre que numa utilização normal de competição o rompimento estrutural não se deveu à colisão do desviador com o quadro. Aqui o estado e a análise do próprio desviador deve ser determinante.
Garantido é que quando te venderam a bike também te venderam a ideia de que tinhas comprado uma grande marca que te oferecia todas as garantias... Infelizmente, e até poderia dar-se o caso de demonstrarem cabalmente que o erro foi teu, o caminho utilizado é o de tentar sempre sacudir a água do capote sem muito esforço por compreender e resolver o problema.
Daquilo que te puder ajudar já sabes que contas comigo.
Abraços
boas pessoal. oh dario estes gajos ate metem nojo. no momento da compra prometem mundos e fundos com garantias por serem grandes marcas. bla bla bla. um gajo compra uma bike de btt querem que fazemos estrada... incrivel. desejo te sorte. mas os gajos ja tao a fugir com o cu a seringa. aperta com eles
ResponderEliminarOi pessoal,
ResponderEliminarPossas Dario isso é que é azar,já não basta te-lo partido para agora fazerem um verdadeiro inquerito de manuseamento!
Garantias para quê?
Na minha opinião tens que os pressionar até á ultima e ver se ainda tens comprovativos de garantia e chapar-lhes na cara!
Dario porque é que não vais com a bicicleta ao representante da scott cá em portugal,pode ser que assim abram a pestana,se as fotos não chegam como prova pode ser que ao pé do estrago abram a pestana!
Olá Malta
ResponderEliminarObrigado pelo apoio. Rocha, a bike esteve no representante e foi de lá que me disseram que não tinha direito à garantia.
incrivel este filme do Dario com a Scott.como é que um desviador parte um quadro?
ResponderEliminarBoa sorte Dario,dá-lhes com força que eles tão-se mesmo a descartar,e é à cara podre mesmo.