Rescaldo da volta de 12/12/2010

"À dúzia é mais barato!" - Por isso o pelotão que largou do Gradil era muito bem composto.
Na Caneira Nova virou-se à direita e mais do que um torceu o nariz... Bela rampa que rapidamente serviu para aquecer os músculos mesmo feita nas calmas. Passo certo sem ninguém acusar em demasia o declive. Apenas o António, vindo de seis horas que o maltrataram na véspera, descaiu para a cauda sem que isso significasse "andar no elástico". Ainda assim vinha introspectivo.
Quem também tinha dúvidas era o PP que relativamente ao jantar de natal, na véspera de mais uma saída, se mostrou receoso das prestações desportivas após saída tardia. Sem problemas amigo, deixas-te descair e fazes-me companhia!
Até Catefica vários sobes e desces e depois mais alguns numa parte em que o pavimento deixou o Rocha com o olhar azedo que virou enorme preocupação quando algum brincalhão mais ousado simulou um furo com um som absolutamente semelhante na bicicleta do homem da Venda...
Marcava o andamento e o trajecto o Aldeano que sabe de cor todos os caminhos e mais alguns da zona oeste.
Com alguma imaginação evitou-se a passagem por Torres e algum tempo depois o André sugere mais uma deflecção que lançou o pânico com a perpectiva de uma rampa bem durinha que foi evitada. Estas manobras atiraram-nos por atalhos e trabalhos que nos levaram para a zona do Maxial contornando a súbida de Sarge. Finalmente bom piso que não muito depois significava um furo... na minha roda dianteira! Operação de troca célere quanto baste que motivou imensos comentários acerca das minhas performances mecânicas.
No reatamento partilho a dianteira com o Aldeano numa toada constante e bem medida que durou até ao Bombarral. Aqui, enquanto fui calibrar a pressão nos pneus, dividem-se os santos pelas capelinhas com colos para todos os gostos sendo que o artista da Murgeira quer emigrar para o Canadá enquanto outro passava autógrafos sobre uma aparição num certo programa televisivo...
Bem custou por tudo a andar, principalmente o Pedro que tomou vários cafés em múltiplos locais. Para ajudar à saída do Bombarral mais uma paragem para mudar as águas às azeitonas...
Algum tempo depois formação de pelotão e rumo a casa que se fazia tarde. O Filipe incentivava o André a meter passo mas o puto não mostrou disponibilidade para ajudar. As despesas couberam-me a mim e ao Aldeano. Algum tempo depois o veterano deixa-me na frente e assim permaneci até ao topo do Ramalhal onde o PP decidiu fazer das suas levando na roda os mais afoitos e sedentos de acção. No segundo grupo ficamos acompanhados por um subgrupo que se nos juntou e que deram uma ajuda ao Rocha que entretanto se chegou à frente e me rendeu.
No Ameal nova disputa na frente e também variações de ritmo no nosso grupo que o dispersaram completamente, A reunião apenas se consumaria em Torres onde os mais afoitos esperaram. Na saída chega-se à frente o Aldeano que com autoridade leva o grupo em direcção a Catefica. Entra na súbia com uma andamento suave que se tornou muito pesado na medida em que não se baixou de velocidade. Partiu-se novamente o grupo comigo a cerrar dentes para aguentar a roda venenosa e a batida nas 192 bpm. Mesmo no final, quando se desce ligeiramente para a rotunda o André vem meter mais algum veneno e apenas o Filipe que leu bem as minhas dificuldades e seguiu na roda do duo que pretendia disputar o sprint.
Aos poucos reuniram-se as tropas e na Caneira fica o PP, instigador da acção e mais uma vez elemento desestabilizador mas simultaneamente animador emprestando algum colorido às voltas.
Na súbida do Gradil, uma vez mais, as minhas defeciências calóricas vieram à tona e mais um furo... Agradecimento ao António, que me emprestou uma câmara de ar, e ao Sérgio, Pedrix, Aldeano e Pedro que me esperaram um pouco mais à frente. Este último arrefeceu e muito lhe custou voltar a andar.
Até Mafra cerca de 115 km totais e mais um belo domingo no trabalho.

PS - Agradecia que algum dos que se destacaram no Ameal contasse essa parte para completar o rescaldo.