Rescaldo da volta de 02/10/2011

Não há fome que não dê em fartura... Depois de tanto tempo sem rescaldo eis que me lembrei de fazer o deste fim-de-semana no mesmo dia da ocorrência!

Depois de algumas saídas algo atípicas, onde se inclui uma incursão por terra no domingo passado regressei às lides do grupo com "fome" do convívio, quase sempre muito salutar, do ciclismo 2640.
A volta adivinhava-se calma e como tal alguns "outsiders" compareceram para uma saída higiénica.

Este fabuloso conceito de pedalar com calma provou que é uma manifestação válida e que no nosso caso demorou até à subida de Catefica para cair por terra! Até aí eu e o Aldeano pusemos passo certo com o vigor correcto e na subida não baixámos dos 22 km/h com os 14 elementos que compareceram à partida a agarrarem-se num bloco sólido que saiu bem em direcção a Torres.
Na variante o Tiago Silva dá um ar da sua graça e até ao Sarge estava dado o mote, comigo, com o Aldeano e com o Tiago a fazermos uma subida bem condimentada e que deixou marcas em alguns elementos que por um motivo ou outro na descida muito bem lançada, (sem exageros de velocidade mas sempre com intensidade), perderam o barco que devorava milhas sem perda de intensidade.
No cruzamento seguinte pergunta o Rocha:
- Meus Senhores podemos ter uma volta com ritmo normal?
A que se seguiu algo mais tarde:
- Posso voltar a pôr a artéria aorta no sítio?
Entre as risadas continua-se timidamente com o ritmo paulatinamente a regressar ao diapasão anterior. Faz-se a ligação à estrada de Torres - Bombarral e depois de entrarmos nesta um telefonema para combinar ponto de encontro com o Joaquim e Manuel que não fizeram a cortada certa.
Velocidade cruzeiro estabelecida com os quilómetros a desaparecerem literalmente debaixo dos nossos pés com média generosamente acima dos 30 km/h.
Até ao Vimeiro mais uma incursão do Aldeano e outra minha e já com as tropas todas até Santa Cruz para uma pausa cafeinada.

Timidamente, agora com o vento a causar maiores estragos regressamos a Mafra. Ajuda-me o Mário até São Pedro da Cadeira onde o Tiago impõe ritmo de selecção a ao fim de pouco tempo informo os meus dignos acompanhantes que só já restamos 5 unidades e que eu vou "confortavelmente" instalado nas 192 bpm. Até à Encarnação ainda faço mais um tímido turno e depois já com o pulso outra vez a ir para regimes proibitivos abandono o "poker" de ases Aldeano, Mário, André (amigo do Runa) que seguiram na roda do Tiago. Este numa fase anterior mostrou alguma debilidade tendo-se resguardado no seio do pelotão mas nesta fase mostrou excelente serviço e disponibilidade.
Eu fiquei a vê-los a irem embora e já na companhia do André e temporariamente do Runa, que pouco depois foi à sua vida, fizemos-nos à subida da Picanceira onde literalmente não conseguia ter ritmo decente nem baixar o pulso.
Foi amigo o André que me ajudou até ao final onde fiz uma pausa para xixi. Passa-me entretanto um trio liderado pelo Joaquim e na rotunda da Barreiralva decido seguir por rota alternativa visto que me aborreci comigo próprio por ter feito tudo aquilo que me propus não fazer nesta saída.
Não ir ao vermelho e não queimar! O protesto foi para comigo, por não saber dosear o esforço, e nunca para com o grupo que sempre foi fantástico mas que tem um "defeito" - Adora andar bem!