domingo, 12 de junho de 2011

Rescaldo da Clássica da Serra da Estrela 2011

2ª Edição de uma volta que certamente conquistará relevância no calendário ciclista de muitos atletas amadores que, ainda assim, preparam a época tendo como alvo este tipo de eventos.
Boa moldura humana que superou ligeiramente as 30 unidades. Da parte do ciclismo 2640 comparecemos eu, o Nuno Mano, o Xico, o Dario, o Sérgio e os "Ginjas" Joaquim e Jorge.
Desde logo de salientar a calma com que se fez a preparação da partida. Tudo muito bem disposto sem grandes stress, fazendo as últimas verificações/afinações.
Pouco depois da hora marcada, um pelotão relaxado fez-se à estrada. Ritmo de aquecimento que logo à passagem pelo Tortozendo deu para verificar que o percurso seria pouco rolante.
Na frente eu e o Renato Hernandez em amena cavaqueira a definir o passo que ainda assim não era do agrado de todos. Protestava-se acerca dos ímpetos iniciais e da necessidade de uma toada mais consentânea com a dura jornada.
Pouco depois um furo e quase de seguida foi a vez do Dario dar também continuidade à sua longa série de problemas com as Zipp de boião. Todos esperaram e no segundo incidente valeu a assistência do Jorge de Alverca que sempre solicito emprestou uma roda ao nosso parceiro.
De volta à estrada na passagem pelo Paul o Renato não deixou adormecer o grupo. Na Erada atravessou-se com calma e à saída disparam as hostilidades.
Saída no vermelho para a maioria no grupo da frente. Ainda tentei serenar os que me estavam mais próximos mas apenas o Nuno Mano ficou comigo.
Ligeiramente descaídos para os primeiros entrámos bem na longa subida. Vem connosco o "Mata a Velha", apanhamos o Capela e de trás para a frente juntam-se-nos também o grupo do Jorge de Alverca, Pedro Kuota, Ricardo e mais dois atletas que não consigo identificar.
Quem não conseguiu entrar ficou irremediavelmente atrasado visto que pouco depois começou a haver colaboração e o ritmo foi muito bom. Ganhávamos terreno à frente e poderíamos ter colado se as vontades fossem maiores e mais equitativas. A bem da verdade diga-se também que isso era irrelevante visto que desde que houvesse entreajuda não era necessário mais nada para se andar bem.
No topo virou-se à direita e na descida aproveitei a minha inércia para imprimir bom ritmo na frente. No final desta estávamos muito próximos e entrámos muito bem na subida do Alvoco da Serra. Saliente-se o trabalho do Capela que arranjou um ritmo muito racional, com um compromisso entre performance e desgaste muito bom. Poucos passaram pela frente e na fonte informo os companheiros de grupo de que iria parar. Fica comigo o Nuno e o "Mata a Velha". No reatamento e com o ímpeto de não perder muito tempo para o nosso grupo, que manteve andamento, acabámos por não esperar muito pelo homem do Jersey da Lampre que se atrasou. (As minhas desculpas por isso).
A paragem fez-me mal e o reatamento foi-me penoso quando o Nuno carregou em ritmo de intercepção. Simplesmente custou-me imenso andar com o pulso alto.
Até ao final da subida adicionaram-se algumas unidades que descaíram do grupo do Renato. Nova descida e disparámos em direcção a Seia onde se chegou com média superior a 30 km/h. Na saída as duras rampas não tardaram a fazer a separação das águas e o primeiro a ceder fui eu. A temperatura já mais elevada e a incapacidade em respirar fundo por queda na semana anterior impediram-me de encontrar ritmo confortável para a longa e dura subida.
Valeu-me a esposa do Jorge que me cedeu água (No total necessitei de 7 cantis) para aliviar o sofrimento. O Nuno, fiel escudeiro, não me queria deixar a só mas finalmente percebeu que não havia roda que me aliviasse o penar. Com guia de marcha assinada desapareceu rapidamente da minha vista.
Quem também não entro bem na subida foi o Xico. Apanhei-o antes do Sabugueiro à procura de ritmo. Mesmo desconfortável fui tendo sempre algumas referências na frente para ir apanhando. As diferenças demoravam uma eternidade a serem vencidas. Nisto passa por mim um foguete de nome "Mata a Velha". Literalmente a voar serra a cima com uma velocidade e cadência fabulosas. Não tivesse caído à entrada de Seia e era menino para causar uma enorme surpresa!
A Serra ia reclamando as suas vítimas e todos os excessos tiveram um alto preço. Para mim as boas notícias chegaram na zona da Lagoa. Céu nublado e temperatura a baixar alguns graus permitiram-me rapidamente arranjar ritmo digno. Da noite para o dia passei a conseguir ter andamento certo e com isto acabei por fazer uma parte final mais composta.
À chegada o Nuno com uma cola para ajudar a recompor energias. Breve troca de impressões com os presentes e descida algo atribulada para a Covilhã. O Nuno furou e um homem dos Duros do Pedal quase que foi ao "tapete" quando a roda traseira em carbono partiu!
Destaque para o Renato Hernandez, o homem que todos marcaram e ninguém conseguiu superar no final.
Dos nossos o Dario fez uma excelente subida em 39x23. O Nuno chegou pouco depois. O Sérgio esteve em dia não e sofreu imenso.
Enormes e provavelmente os mais felizes de todos os participantes o duo Jorge Ginja e Joaquim que nunca tinham sequer feito a Serra de Montejunto e fizeram todo o percurso. A eles o louvor pela superação!

Nota final: Agradeço a todos os que me felicitaram pelo trajecto. A Serra da Estrela é fabulosa!

14 comentários:

  1. Convido todos aqueles que quiserem acrescentar algo a esta crónica a fazê-lo.
    Jorge Ginja o teu rescaldo é obrigatório!

    ResponderEliminar
  2. Utilizas-te a palavra certa "Superação".
    Para quem começou a andar de bicicleta á 2 anos (39 anos de idade) e apenas á cerca de 1 ano começou a levar a coisa mais a sério do qual apenas á 4 meses começou a andar na estrada, esta foi uma conquista épica só possível graças aos amigos e companheiros de treino.A todos o meu obrigado pela a ajuda neste feito.

    Grande abraço, Joaquim.

    ResponderEliminar
  3. Viva.
    Como já tinha anteriormente adiantado, é com muito gosto que faço o rescaldo do meu primeiro grande desafio velocipédico.
    Antes de mais agradeço as palavras. Encaro-as como um grande incentivo à minha progressão desportiva no mundo da roda fina.
    No que ao rescaldo propriamente dito, aqui segue o dito cujo.
    O desafio apareceu sorrateiramente, sem muito alarde. Surgiu como algo quase inalcançável, mais ainda na mente de quem pedala à meia dúzia de dias com uma bicicleta de estrada.
    Não houve treinos específicos. Não houve tempo! Pedi ao Manso algumas dicas, mas nada me podia preparar para o que se avizinhava.
    Admito que a ansiedade era alguma, pois a partir de um determinado ponto a única opção é andar para a frente,... ou chamar um táxi!
    Estava decidido. O Joaquim e o Nuno também. Seguimos na sexta-feira e ficámos em casa do Joaquim, em Mação. Dali saíriamos para a Covilhã na manhã de sábado.
    O espírito dos três ciclistas estava sereno e altamente motivado. As bicicletas estavam afinadas e nada foi deixado ao acaso no que à alimentação e demais pormenores diz respeito.
    Fomos os primeiros a chegar ao local combinado e logo após começaram a aparecer os restantes companheiros. Tudo foi aprontado sem ansiedade, sem pressas, tudo normal. Parecia a preparação de uma volta normal.
    Pessoalmente, divido claramente a Clássica em três partes: até Seia, a subida até à Torre e a descida para a Covilhã.
    Os primeiros quilómetros foram fáceis, com algums pequenos topos, mas nada que pudesse assustar as hostes. Houve duas paragens devidas a furos que prontamente foram aproveitadas para colocar a conversa em dia e trocar algumas impressões. Após a segunda paragem o grupo começou a impôr um ritmo mais vivo e naturalmente eu e o Joaquim fomos ficando para trás. Tal facto originou que falhássemos a entrada à esquerda para a Erada, fazendo mais alguns quilómetros para virar pelos Unhais da Serra. Houve um ciclista da Casa de Belmonte que nos deu as indicações. Lá seguimos em ritmo vivo, tentando não nos atrasar muito.
    Toda a zona dos Unhais da Serra, Alvoco da Serra, Loriga, é de uma beleza excepcional. Eu ía maravilhado com as vistas.
    As subidas, sempre feitas em ritmo certo e tendo em conta a poupança de energias para o prato final. As descidas, sempre feitas com atenção e prudência.
    À medida que íamos andando e quando tinhamos a sorte de encontrar alguém confirmávamos o percurso e direcção e perguntávamos se tinham visto passar um grupo de ciclistas. A resposta era sempre: " Já passaram... mas foi à muito tempo!"
    Nada de desanimar, força nos pedais e siga para a frente. O percurso até São Romão foi feito sem grandes dificuladades. Houve uma paragem aqui para reabastecer as forças e os bidons. O dono do café, também ele ciclista, ficou com vontade de nos fazer companhia!
    Seia apareceu e imediatamente me vieram as palavras do Manso à lembrança sobre a dureza da saída e bem verdade. Saída durissíma.
    O verdadeiro desafio começava aqui. O trajecto até ao Sabugueiro foi para mim bastante penoso. Perdi a roda do Joaquim e ficou à vista a cerca de 50mt. Aqui com quase 4h de pedalada fui-me um bocado abaixo e senti as forças a querem-me abandonar. Os pés começaram-me a doer e o calor aumentava.

    ResponderEliminar
  4. Tinha a boca bastante seca devido à bebida isotónica, talvez demasiado concentrada, e as subidas que agora começavam já pareciam não mais ter fim. Olhava para a frente e só via curva, subida, curva, subida, curva... custou a passar este bocado. Quis parar, mas aí a distância que o Joaquim levava ainda se tornaria maior e eu ficaria sózinho na subida. Por isso para não era opção.
    Subi, subi, subi. Por vezes fechava os olhos durante 3 ou 4 segundos e não ouvia nada. Apenas o som hipnotizante do atrito dos pneus e da transmissão.
    Chegou a descida para o Sabugueiro e aqui tive oportunidade de tentar chegar à frente e colar ao Joaquim. Um ciclista do grupo que entretanto tínhamos alcançado, um com uma Canyon branca e equipamento em tons laranja. Ele descolou do Joaquim e eu alcançei-o. O Joaquim não parecia bem pois eu estava a chegar-me e ele não estava a ganhar espaço. Queria chamar por ele mas não conseguia! Olho para cima e vejo-o encostar à berma. Aproveitei a deixa e parei também.
    Descansámos alguns minutos e contenplámos as vistas. Não fazíamos a miníma ideia do quanto nos faltava e de como era o terreno.
    A paragem a para mim foi ouro sobre azul. Permitiu-me retomar as pulsações e encarar o restante da subida com outro espírito. Sabíamos que as dificuldades maiores seriam até à zona da Lagoa. A partir daqui a coisa ficaria menos dura.
    Paulatinamente fomos subindo. Apreciando a vista que não me cansava de elogiar.
    Quando a zona da Lagoa apareceu e já se começa a ver o topo da Serra, ganhei um novo alento. Sentia-me bem e com força, contudo não queria estoirar os cartuchos antes da Torre e ser obrigado a parar. O Joaquim vinha a gerir as cãibras que decidiram apertar com ele fortemente. Ainda lhe ofereci os meus préstimos de massagista, mas ele recusou!
    Toda a subida foi feita sempre a gerir as forças, tendo sempre muita atenção à hidratação e à alimentação. O ritmo foi sempre muito certo, aproveitando os falsos planos para acelarar a velocidade.
    Não consigo explicar por palavras a sensação de ver a Torre. Não cabia em mim de contente. Estava genuinamente feliz.
    As dúvidas, o cansaço, o esforço, tudo tinha ficado para trás. Chegámos à Torre sensivelmente ás 15h00. Eram 14h30 quando o Nuno nos enviou um SMS a dizer que estava no carro! Ainda nos faltava descer até à Covilhã, onde chegámos por volta das 16h00.
    Foi um dia memorável, pleno de sensações. Guardo desse dia a grandeza das paisagens e a extensão das subidas. Como tinhas dito,não há nada por aqui que possa servir de comparação.
    Por mais que pudesse escrever não conseguiria descrever o que vivi no dia 4 de Junho de 2011.
    A Serra fez uma marca em mais um ciclista.
    Obrigado,
    Jorge Ginja

    ResponderEliminar
  5. eheheheh

    Entusiasmei-me um bocado.
    Desculpem lá o testamento.

    JG

    ResponderEliminar
  6. Olá
    Eu, Pedro(Kuota), adorei a volta e o percurso embora nao se me adapte tão bem o sobe e desce constante como ficou bem patente a dificuldade que tenho sempre em iniciar as subidas, embora as terminasse sempre com relativa facilidade( Estrela à parte).
    Até Seia mantive-me sempre no grupo do Manso e foi um prazer colaborar para melhor chegarmos todos a Seia.
    De Seia para cima nas primeiras rampas, que eu tinha algum receio por nunca ter subido e saber de inclinação elevada, ia marcando o ritmo juntamente com o ricardo e o capela, para trás muito sinceramente nem olhei para não gastar energia nenhuma. Nem sequer para atender o telemovel quando nas minhas costas me começa a tocar como o hino do sporting como toque então de trás a voz do Dário a dizer que eu era uma inspiração para ele com a camisola do sporting e o toque da juve leo, e efectivamente foi passou-me mais à frente,inesperadamente completo a primeira subida até ao sabugueiro aparentemente com alguma frescura fisica e já só eu o Ricardo e o Capela.
    perco alguns metros com estes a descer para o sabugueiro enquanto e comia e bebia. O ano passado tinha sofrido muito do sabugueiro até à lagoa comprida e agora sentia-me muityo melhor e a pensar que estava bem para afrontar a parte mais dura.
    Entrámos na subida o Ricardo o Capela e eu por esta ordem mas desde logo me apercebi que não conseguia aguentar o ritmo que o ricardo impõe naquelas duras rampas a 13kmh começando a ceder para o duo e mais tarde também o capela cede para o ricardo mantendo-nos algum tempo com a diferença de uns 50 metros entre os 3 mas aquelas interminaveis rampas fizeram-me ir ainda mais abaixo e definitivamente fiquei para trás, foi a parte mais dura e dificil de todo o dia para mim, e entretanto começo a tentar ver se estou a ser apanhado e vejo o Dário no meu encalço!!! e penso realmente a musica do sporting fez-lhe bem, e muito devagar foi me apanhando até que me superou.
    Da parte da lagoa até á torre já estive bastante melhor mas sou apanhado pelo jorge de alverca e passa-me rapido para eu não colar mas faço um forcing e aguento unsmetros com ele mas também não era ritmo para mim e abrandei entretanto pssa-me o amigo da lampre( mata a velha) numa velocidade que parecia que ia de mota!!!!
    o resto da subida fiz sempre em contacto visual com o jorge depois o dario e eu separados por uns metros apanho o filipe arraiolos que tinha ido com o grupo do renato e pagou bem caro a ousadia em grandes dificuldades, ganho animo e aumento o ritmo com a ambição de chegar ao jorge e durante algum tempo estava a correr bem até que me começou a prender a perna esquerda com cãimbras e só podia pedalar em pé pelo que cheguei ao alto depois do jorge e do dario por esta ordem e uns 300 metros entre os 3.
    Pelo que percebi do Rui Torpes cheguei 32 minutos depois do Renato desde a covilhã fiz 4h47mn00s até á torre com 115km.
    Abraço Pedro ( Kuota)

    ResponderEliminar
  7. Boas noites Serranos.
    Belos rescaldos,fica-se mesmo com vontade para esta classica,na qual ainda estou virgem (nas outras tambem),vamos ver se se propociona para o ano.
    Parabens pelas vossas prestaçoes e obrigado pela partilha das vossas experiencias.
    Abraços

    ResponderEliminar
  8. Caro Manso.
    Verifico que, uma vez mais, usufrui e sofreu com os ares da Serra.
    Esta zona é fertil em subidas que poem à prova a nossa condição fisica. E a Serra reclama sempre o seu título... ai daquele que a ouse enfrentar sem estar preparado. Falo por experiência propria já que um dos piores empenos que levei foi há uma meia dúzia de anos na subida da Senhora do Desterro (Em S. Romão corta-se à direita e vem ter à EN que liga o Sabugeiro à Torre uns 3 kms antes da Lagoa Comprida).
    Pelo que vi este ano participou menos gente... a crise também se nota.
    Penso que seria possível, tentando divulgar um pouco melhor o evento pela gramde quantidade de blogs de ciclismo (mas sem entrar em aspectos demasiado organizativos) ter-se uma melhor moldura humana e formar-se um pelotão onde depois de uma primeira selecção de ritmos cada um encontrasse um grupo onde iria cómodo, não descurando, contudo, a necessária preparação física para uma volta deste calibre.
    Aproveito para felicitar a "Malta do 2640" que participou na Maratona de Manteigas... que grande osso para roer! Eu fiz o reconhecimento da Meia-Maratona e acredite aquilo é mesmo duro a sério!
    Fica o convite para visitar, uma vez mais, a nossa Serra e creia-me sempre pronto a ajudar no que for necessário.

    Cumprimentos

    Nuno Marques

    ResponderEliminar
  9. É verdade Nuno. Já vou à Serra há vários anos e nunca uma maratona me custou tanto a fazer e deixou tantos estragos nas pernas (não sei se custou mais a subir ou a descer...). Baixei em 2 Km/h os meus registos habituais em voltas equivalentes na Serra, o que comprova que não se deve fazer estes acumulados dois Domingos seguidos (o vício de pedalar é mais forte...). Abraços e obrigado

    ResponderEliminar
  10. Jorge Ginja,

    O teu rescaldo mostra bem o que é a satisfação e a superação.

    Adorei
    Abraços

    ResponderEliminar
  11. Pedro Kuota,

    A primeira subida foi a minha favorita.
    Foi fantástico fazê-la com o revezamento.

    Até uma próxima oportunidade

    Abraço

    ResponderEliminar
  12. Caro Nuno Marques,

    Já fiz essa subida... com neve!
    A determinada altura tive de simplesmente voltar para trás. Fiquei a cerca de 1 km da junção à nacional que vem de Seia.
    Deu bem para verificar a dureza e para alterar o percurso da clássica!

    Ainda havemos de nos cruzar na Serra, num dia destes, para dois dedos de conversa.

    Até lá,
    Boas pedaladas!

    ResponderEliminar
  13. Dario,

    Com o cansaço trocaste o local do post...

    Abraço

    ResponderEliminar