domingo, 17 de janeiro de 2010

Rescaldo da volta de 17/01/2010

Finalmente um domingo com condições próximas das ideais para a prática de ciclismo. Temperatura amena e ausência de vento. Apenas o céu algo carregado de núvens com ar ameaçador e a estrada molhada/suja em alguns pontos onde os terrenos já não conseguem drenar e absorver tanta àgua.
À chamada inicial responderam o Aldeano e Sérgio, que já me aguardavam na rotunda da Paz. Até ao Gradil em ritmo de aquecimento e paragem para café. Como o Marco e Jonas estavam atrasados e ainda iam tirar o Paulo Pais da cama resolvemos ir andando até Pêro Negro num ritmo vivo e decidido.
Próximo do local de junção, previamente combinado com o Rocha, este começa a ligar-me em pânico pensando que nós estávamos atrasados e que ele próprio teria de andar um ou 2 km ao nosso encontro visto que isso o poderia desgastar em demasia...
Agrupado o quarteto e constatado que o trio que deveria ter chegado a horas estava muito atrasado, tentando calçar possivelmente os sapatos ao P. P., combinámos que nos reuniriamos para os lados do Bombarral, de modo a podermos andar todos um pouco mais à vontade.
Arranca o Rocha dispersado, com vontade de pedalar ao fim de 2 semanas de inactividade, connosco no mesmo passo certinho que foi tónica durante toda a volta, ou seja, bom ritmo em todos os terrenos, aliviando um pouco nas súbidas e carregando nos terrenos mais favoráveis.
Km após Km com média superior aos 30 Km/h passamos ao lado do Sobral e subimos por Dois Portos. Nesta súbida começo a sentir que levo a pulsação demasido alta para acompanhar os outros. Sempre acima das 180 bpm, com picos de 190 bpm que me adivinhavam árdua jornada.

O percurso, manifestamente do agrado de todos, tinha o condão de nos pôr a subir mas sem o castigo inusitado após estas semanas atípicas de doenças e lesões.
A aproximação a Vila Verde dos Francos tem um encadeamento de súbidas que provocaram a 1ª cisão no quarteto com o Rocha a deixar-se descair. Ainda pensei em oferecer-lhe a roda para o ajudar mas este avisa-me que vai mais em contenção de despesas do que em dificuldades.

Um pouco mais à frente o Sérgio teve a mesma ideia que eu mas este acabou por abrandar para acompanhar o homem da Venda. Eu sigo lado a lado com o Aldeano, em conversa quando por curiosidade constato que enquanto ele ia com 155 bpm já eu ia num regime anaeróbico com mais 30 bpm. Não ia em dificuldades mas ia em manifesto consumo exagerado de energias.
Aliviou-se a carga para reunião das tropas e até ao Bombarral manteve-se o ritmo na toada habitual.

No Bombarral pausa para café seguida de pausa para aguardar a chegada do trio e para finalizar mais uma pausa para a pausa do café destes. (Cerca de 30 minutos para tudo isto...)
Arrancamos eu e o Aldeano com passo mais vivo enquanto o resto do grupo seguia na conversa do sempre bem disposto P. P. Chamada de atenção para a união do grupo e começámos a rolar. Até ao Outeiro da Cabeça a confirmação do meu dia atípico, 196 bpm de máximo sem baixar das 170 bpm.
Depois disto comecei a resguardar-me mais um pouco porque Mafra ainda vinha longe... O Aldeano a comandar e o passo sempre a convidar não deixar abrir buraco para não se sofrer o desgaste do vento.
A súbida do Ameal foi feita em grupo até à rotunda onde acabei por abrir ligeiramente para não passar acima das 190 bpm visto que o organismo já estava a ficar ressentido dos cerca de 90 km percorridos. Na parte final quando estava a cerca de 50 m da cauda do pelotão distraí-me e acabei por ir parar ao chão para não chocar de frente com o enorme lancil do passeio. Queda infantil e felizmente sem consequências de maior, não tanto motivada "pela luz do óleo acesa" como o Rocha se lhe referiu mas porque olhei para trás porque tinha a sensação que alguém vinha em minha perseguição, num ponto onde já várias pessoas experimentaram o alcatrão por não acautelarem devidamente a transição da berma para o passeio.
Até Torres o grupo teve de esperar por mim para fazermos a reunião. Passada esta localidade ouvi com agrado a decisão do P. P. em aliviarmos a carga. Pouco mais à frente 2 elementos fizeram o mesmo. A súbida de Catefica foi tranquila e o topo do Turcifal castigou ligeiramente o P. P.

Desgastado e a ficar sem forças acabei por parar na Caneira para a ingestão de uma coca-cola para meter algum açucar que me ajudasse a superar o Gradil. Pouco mais à frente o Rocha seguiu em solitário rumo à Malveira, numa altura em que as pernas o ameaçavam do tratamento que também eu levei até à Murgeira e que vulgarmente se designa por EMPENO.
O Sérgio oferece-me a roda, azeda porque nestas alturas não há rodas boas para se seguirem, e na 2ª fase após a curva apertada entreguei a alma ao criador visto que gastei tudo o que tinha no tanque.

Mafra ao final de 123 km, com média a rondar os 27 km/h e 4198 Kcal consumidas! Este foi o factor crítico e mal acautelado - Consumo elevado e muito pouca comida ingerida (fruta e pão com passas)

Chegado a casa o batido de proteínas fez o seu trabalho...

3 comentários:

  1. boas pessoal. boa volta a de outem! tem alguma dureza mas disfarcada! nao conhecia o percurso desde pero negro ate ao bombarral! o aldeano sempre a por passo e que faz muito bem ha que se tirar o chapeu. manso eu sei mt bem k a roda k dei nao ajuda muito ate pk ja me empurraste a subir o gradil.isso e k foi uma ajuda lol. manso tas de parabens pelos rescaldos. abracos a todos.sergio

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  2. Boas ciclomanos,

    Pois é Sr.Manso,o outro racionou bem os cartuchos a caminho de vila verde porque dois weekends sem andar doi um bocadinho!!
    Ainda para mais 4,30 e 114kms.

    Enquanto o Sr disparou o chumbo todo ao principio e depois a partir do Bombarral viste os pássaros a voar ahahahahah
    Não quer isto dizer que eu estive-se bem,porque só eu sei o ÍMAN que estava no vale da guarda.

    Bem falando seriamente!!
    Achei o percurso excelente devido ao seu terreno "complexo",e tambem a boa disposição durante a volta.

    P.S.Domingo podia-mos fazer uma encorção para os lados da lourinhã que o terreno tambem é engraçado.
    Aceitam-se sugestões...

    Rocha

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  3. Boas pessoal.

    É um privilégio podermos fazer estas voltas com este espirito. Que assim continue por muito tempo.

    Fantástico é também conseguirmos visualizar o esforço e compreendermos onde é que o desgaste é acentuado de modo a aprendermos com os nossos erros. Nesse aspecto o equipamento do Aldeano é muito bom.

    Quanto às voltas estou sempre à espera de sugestões de modo a podermos ir ao encontro das pretensões e vontades de todos os presentes com assiduidade.
    Abraços

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