Volta algo difícil de catalogar... Alguns desacertos, na maioria facilmente evitáveis, que criaram quebras e desarmonia e que merecem alguma reflexão para progredirmos na direcção certa!
Percurso de 132 km feito à média de 27,00 km/h para um acumulado de cerca de 2000 metros.
Volta bem mais complicada do que parecia com a agravante de em determinados momentos o andamento se ter tornado selectivo. Aqui acato a minha quota parte de responsabilidades e conforme salientei logo à partida ia com vontade de me castigar principalmente pelo atípico fim-de-semana anterior.
Na saída do Gradil virou-se na direcção de Pêro Negro e começaram logo ali uma série de pequenas súbidas que não foram suficientes para tirarem o fôlego à boa moldura humana que uma vez mais compareceu à partida.
Até à Cabêda sempre joviais. Logo no inicio desta súbida estira-se um pouco o grupo e na passagem pela aldeia perante a persistência da frente, principalmente por acção do Nuno, fraciona-se o pessoal ainda que sem esticão ou sem andamento no vermelho. Alivia-se na entrada do Sobral e esperam-se os que passaram por maiores dificuldades.
Na saída, em direcção a Dois Portos perde-se o Eduardo e após a célere descida as dúvidas quanto ao que teria ocorrido levantam-se. Com isto nem se anda nem se pára e faz-se a súbida seguinte em tom calmo.
Na direcção de Alenquer aumentou-se o passo e subiu bem a velocidade até ao momento em que se avistou novamente o Eduardo parado em sentido contrário... Mais um enorme compasso de espera porque para agrupar sem parar muito se tem de aguentar.
No reatamento surge o duo Sérgio e Nuno a meterem bastante peso e a estirarem numa longa fila o pelotão. Passa-se ao lado de Alenquer e sobe-se em direcção à Ota comigo e com o Nuno a não deixarmos cair em demasia a velocidade na frente.
Depois foi a vez do Estrangeiro mostrar trabalho e logo de seguida mais um longo turno meu, primeiro com o Nuno e depois com o Aldeano. Com o vento de frente as pulsações iam subindo paulatinamente e já perto da fase final do plano ascendente que antecede a descida para o cruzamento da Abrigada ofereço finalmente o "assento" sem que ninguém o quisesse aceitar até que o Nuno acedeu à azeda prenda.
Agarrei-me à roda deste e aguentei o ritmo certo da súbida que muito castigou quem já vinha com as forças à míngua. Depois de virarmos para a Abrigada acalmam-se novamente os impetos e ingere-se algum alimento. Paragens aqui e ali sem coordenação obrigam a uma série de quilómetros calmos para reagrupamento já sem dois elementos séniores.
Até Vila Verde por caminhos rampeados com passagens nos 10% e novo quebrar, desta feita principalmente pela dureza do percurso e pela manifesta diferença de preparação física dos presentes. Na frente passeava-se e atrás sofria-se em silêncio.
Tardou até à inflexão para o Sarge para reagrupar todo o pelotão. Assim que o plano fica com pendente "amiga" novo turno meu e do Nuno que depois cederia a posição ao Aldeano com este a agravar ainda mais o andamento que nunca baixou dos 40 km/h tendo acalmado apenas um pouco no início da súbida do Sarge quando o duo Jonas e Estrangeiro meteram passo certo e determinado.
A meio já com o pulso estabilizado sai o Aldeano na frente comigo a fechar e com todos os outros a tentarem sobreviver a nova investida. Eu tranco na roda deste e deixo-me embalar a velocidades que chegaram aos 46 km/h. No final o veterano força ainda mais e deixo abrir algum espaço que tardou a ser preenchido pelo Estrangeiro para o sprint. Limpa o veterano com o triatleta a recuperar nos metros finais e comigo a forçar as 187 bpm no esforço final para os alcançar. Logo depois o Nuno a "queimar" e o homem da Malveira (desculpa não me lembro do teu nome) com o Jonas que pouco antes se tinham libertado do Rocha.
Em Torres faz-se compasso de espera. Até Catefica bem calmos e depois do Carvalhal abrem-se novamente as hostilidades. Na frente seguiam o Jonas e o Nuno, atrás sai o Estrangeiro e pouco depois decido juntar-me com eles. Saída em froça que me custou na parte final... Na roda destes a recuperar até ao cruzamento seguinte onde dou toque de arremesso.
Acelerei até aos 60 km/h e quando já acusava algum desgaste sai o Estrangeiro de esticão. Ufff... grito para o Nuno fechar e permito algum espaço para estes dois. Na minha roda o Jonas "carraça" também nos limites a não conseguir melhor do que me acompanhar em mais uma série para recolar. Finalmente com o conforto do cone de ar algum descanso e na chegada à Caneira saio novamente na frente mas para avisar que deveriamos esperar os outros. O Nuno diz que tal não é viável para as suas pernas e segue calmamente com o Estrangeiro enquanto fico com o Jonas.
Pouco depois o grupo perseguidor passa directo...
No Gradil reúnem-se tropas e contam-se feridos. Faltava o Sérgio que vinha num dia mau e muito maltratado desde o Sarge. Aguardamo-lo e fazemos a súbida juntos para finalizar o dia.
Já depois da Murgeira, na descida, o Nuno e o Estrangeiro ganham vantagem. Quando me lanço no seu encalço, já com a rotunda da Paz à vista, assim que os alcanço estes saem de esticão para me lançarem o sprint... deixando-me pregado e a praguejar! (Momento hilariante para fechar com chave de ouro)
Próxima semana - Sintra
Mais uma etapa com grandes complicações onde será determinante a escolha da roda certa e principalmente o andamento imprimido na parte inicial.
Até lá bons treinos e boas pedaladas!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
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Quero ainda acrescentar que estes percursos são inteiramente do meu agrado!
ResponderEliminarIndependentemente do traçado que se escolha com o apurar da forma as dificuldades são crescentes e inevitáveis.
São sempre bem vindas sugestões construtivas.
correcao... ja vinha maltratado desde a abrigada! eheh. abraco a todos e que venha sintra
ResponderEliminarFiquei todo roto só de ler esta crónica. Não sei se consigo recuperar até Domingo...
ResponderEliminarAbraços
Boa noite,
ResponderEliminarGostaria de fazer algumas observações, não me levem a mal, mas já me conhecem e não gosto de guardar aquilo que acho que devo falar, sendo assim gostaria de deixar á vossa atenção o seguinte;
1 - Quando saídos em grupo com uma volta pré definida e sabendo que o grupo ciclismo2640 por norma não deixa os seus para trás, não compreendo que aqueles que saíram no grupo depois optem por seguir por atalhos, deixando o resto do grupo sem saber se espera porque falta alguém ou se deve seguir.
2 - Pelo mesmo motivo, se algum dos elementos que partiu para a volta com o grupo ciclismo2640 decidir abandonar a volta e seguir outro caminho, seja porque motivo for, não acho correcto que o faço sem dar conhecimento a alguém no grupo, mais uma vez acabamos por estar há espera de alguém que não virá.
3 - É importante que se perceba que saídas em grupo são isso mesmo, doutra forma anda-se sozinho e ai...
4 - Creio ser importante efectuar um pequeno brifing antes de cada saída, para que todos estejam por dentro do que se vai passar de seguida, eventuais ponto de paragens, acolhimento de elementos novos na volta, esclarecimentos sobre percursos, etc..
Não me levem a mal, mas considero importante falar nisto.
Abraço
Tou com o Dario..eheheh..que dor de pernas..
ResponderEliminarSprints para a Paz????????!!!!!!!!!! tá bonito,tá..
e Sintra é já a seguir..
Abraço
Ámen João…
ResponderEliminarBoas companheiros,
ResponderEliminarAinda sem tempo de publicar a volta oficialmente!
Quanto à questão do briefing parece-me mais do que pertinente e até já tinha sido abordada por alguns elementos.
Abraços
boas pessoal
ResponderEliminarsintra vai ser bom enpeno mas é destes que eu gosto.
Estou contigo Jonas!
ResponderEliminarcomo e manso
ResponderEliminara cena do briefing e boa ideia para quem vem pelas primeiras vezes e pro grupo normal tb andar normal sem tantas preocupacoes e atrasos
Jonas, ontem à noite (19h00) eras tu a tirar o pó à bike todo encasacado?
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