Acumulado de súbida = 1432 m
O ciclismo 2640 foi pela 1ª vez, como grupo, visitar os Pinas. Bom nível num dia em que estivémos a altura dos acontecimentos pese embora a falta de km nas pernas, comparativamente com os colegas de ocasião.
A volta foi algo atípica devido ao conceito de reunião diferir do habitual.
O Sérgio esperou-me na zona do Convento de Mafra. Em passo preguiçoso, principalmente da minha parte, rumámos à Malveira e de seguida à Venda onde fomos apanhar o Rocha. Inversão de sentido ao encontro do Paulo Pais e pouco depois surge o Runa.
Como os Pinas estavam ligeiramente atrasados fomos ao encontro destes pela estrada que liga a Venda a Bucelas. O ritmo que traziam era de passeio motivado por um furo de um dos seus elementos que originou a separação em dois grupos. Tropas reunidas e passo a acelerar!
Passagem pela Malveira em ritmo moderado q. b. e na saída um grupeto destaca-se na frente. Os perseguidores em amena cavaqueira, nomeadamente eu com o Ricardo, com vários elementos a ficarem "espalhados" entre os homens da cabeça e o pelotão. Quando por observação sugiro em voz alta que haja reunião e que não deixem criar tanto espaço fica tudo meio "zonzo" e de repente desata tudo num frenesim algo desnecessário visto que as diferenças eram relativamente pequenas e ainda bem controláveis.
Aproximação a Alcainça com o pessoal a medir-se não dando espaço de manobra na frente, mas sem ninguém assumir despesas. Na seguinte ascensão com pendente mais acentuada já se criaram algumas diferenças com a rotunda da Carapinheira a servir de local de reagrupamento. Primeiro momento tenso com marcação de posições por quem de direito!
Estugava-se o passo mas estava tudo a pensar na súbida da Carvoeira!
Passagem controlada por Mafra e na saída decido passar para a frente por dois motivos.
1) Ritmos baixos nas rectas motivam esticões nas súbidas
2) O nosso pessoal saía beneficiado de um ritmo mais elevado visto que os esticões nao são por nós treinados
Até ao Sobreiro sem baixar dos 40 Km/h e depois acima dos 50 km/h. No cruzamento para Santo Isidoro recebo alguma ajuda, do Hugo de Aruil e do Evaristo, mas não a suficiente para manter o ritmo na mesma toada. Recuperação de uma dezena de bpm e novamente ao serviço.
Na Ericeira continuou a não haver interessados em fazer as despesas até que na aproximação à Foz do Lizandro o Freitas se chega à frente (a trabalhar para o Ricardo?). Fecho com tudo o resto na roda.
Na súbida para a Carvoeira o Freitas sai de esticão. Olho para o lado para ver quem queria fazer as despesas mas a impassividade mantinha-se. Meto passo de intercepção e apanho o fugitivo em pedaleira grande. Na roda deste aproveito para meter a pequena quando este faz nova aceleração. Apanhado com as calças em baixo lá tive de cerrar os dentes para o seguir.
No cruzamento para a Sr.ª do Ó finalmente a aceleração das feras e as dificuldades a crescerem de tom. Dos nossos estava tudo ainda pelo que o trabalho tinha sido bom. Deslizo, gradualmente, para a cauda do pelotão procurando minimizar as perdas quando o Freitas dá o trabalho por findo sem eu me aperceber da sua desaceleração pelo que quase o ia abalroando. Com a travagem perco preciosos metros pelo que o sprint de recolagem fica inviabilizado, numa altura em que o coração já ia nas 190 bpm.
Abrando oferecendo a roda como sinal de reconhecimento do trabalho efectuado mas este ia em ritmo de contenção pelo que decido continuar, ainda mais intensamente quando vejo o Rocha a sair do pelotão da frente. Passo-o e incito-o a fazermos a perseguição mas este levou os esforços longe de mais e sofre para vir na minha roda. Mais à frente o João Santos e o Sérgio são a referência a apanhar numa altura em que tinhamos entre 300 e 400 m para os homens da frente.
Nas bombas da Repsol, onde era suposto haver paragem, não ficou ninguém pelo que quando o terreno desce ligeiramente fazemos nova aceleração que com o abrandamento do pessoal da frente motivou o ajuntamento. Até à zona da Terrugem apenas uma aceleração/fuga do Paulo Pais no preciso momento em que me preparava para fazer o mesmo. A perseguição ficou entregue ao Freitas.
No interior da Terrugem o cruzamento com uma equipa de ciclismo (com as camisolas do Intermarché) que ao se cruzar connosco virou o cavalo e veio ajudarà festa! Na zona da base aérea esticão de uns e outros com os putos a tentarem sair em grupo.
Na aproximação da súbida para Pêro Pinheiro a constatação de que há costumes que custam a largar. Alguns preferem travar, atrapalhando os que circulam na retaguarda, do que passar para a frente nem que seja por cinco metros...
Como este tipo de jogos não me interessam salto para a dianteira e faço uma aceleração de modo a poder passar a pequena súbida no interior da localidade sem grandes precalços. Precisamente no meio desta noto que circula uma família (pai e filhos pequenos) e aviso o pessoal. Infelizmente a chamada de atenção não teve continuidade pelo que o Runa acabou com o costelado no alcatrão...
Redimiu-se o grupo que aguardou que todos estivessem para dar continuidade às hostilidades.
Na aproximação aos Negrais, quando se começava a preparar o sprint para Santa Eulália, o Ricardo decide chegar-se à frente e fez a súbida com tudo na roda. Aqui o Paulo Pais diz-me que estava a ficar com cãibras pelo que para não descolar teve de trincar o lábio. No final da súbida quando se pedia que alguém se mexesse nada. Nem sequer dentro dos Negrais! Finalmente, já na parte final, alguém teve o mérito de simular um arranque só para meter tudo a andar. (Não pude deixar de rir). Dos nossos o Rocha foi o que ficou melhor mas muitos furos abaixo do que seria necessário para estar na linha da frente.
Nota: As pessoas esquecem-se de que isto não é uma corrida e vão tão tensas que nem se lembram de se divertirem... Não quero criticar ninguém, quando resolvi aparecer submeti-me às mesmas regras e liberdades que os outros!
Despedidas em Ponte de Lousa e os nossos rumámos até à Malveira. O Paulo Pais era o mais animado. O Rocha e o Runa aborrecidos!
Fomos todos até ao Vale da Guarda, com o Rocha a dar meia volta depois de uma aceleração dos dois pela descida abaixo. Mais à frente eu e o Sérgio rumámos ao Gradil e Murgeira. Finalmente e já em solitário Mafra surge no meu horizonte.
Nas despedidas finais ficou agendada a volta para a próxima semana com saída às 08h45m no Gradil. (Peniche) - Post a ser colocado oportunamente.
Até Mafra completei os 119 km. Média final 28,50 km/h (Até Ponte de Lousa 32 km/h)