Boa Tarde
Hoje faço eu o relato pois o companheiro Manso trocou as "voltas" ao pessoal. Afinal parece que era para estar na rotunda da Paz às 10h. Mas que raio, pensámos eu e o Aldeano ? Passo a explicar, fiz hoje uma descoberta espantosa: o tempo afinal é mesmo relativo! E não é só o tempo das horas, é mesmo o tempo da meteorologia. Porquê ? Porque em Mafra não chovia em casa do Aldeano mas chovia em casa do Manso. Chovia também torrencialmente em casa do Paulo Pais e eu, a 3Km de distância, ainda pensei em trocar o treino por uma ida à praia. Afinal o Prof. Karamba sempre lançou os búzios certos: "num chove dos 9 inté us meio dia" (errando somente por 15 minutos esta previsão). Entretanto a Torrente da Madeira deve ter descido Pinheiro de Loures a toda a velocidade pois não apareceu nenhum Pina nem seu descendente. Espero que esteja tudo bem com essa malta.
Avançando, arrancámos pouco depois das 9h, eu, Aldeano, Paulo Pais (foi arrancado da cama pelo brutamontes do João Rodrigues, que jurou a pés juntos que o PP estava algemado à cama, a delirar que a internet era uma maravilha, e que foi lá que viu a intempérie...), João Rodrigues, Marco Silva, Rodrigo Gomes e Jonas. Vi logo que tínhamos a equipa mais eclética da Europa: 1 Veterano B, dois Veteranos A, 3 elites e 1 Junior. Os patrocinadores andam a dormir...Em ritmo de aquecimento até à saída do Ameal lá fomos nós. Entretanto por esta altura resolvi aumentar o passo para os 44 Km/h em plano. Mais valia estar sossegadinho. Assim que se inicia a longa e paulatina subida para o Outeiro da Cabeça, um gajo que só podia estar possuído por Belzebu, de quem não digo o nome para preservar a sua identidade - só digo que rima com Deano, resolveu meter aquele passo internacionalmente conhecido por Paso Doble (é o passo que dobra toda a gente nas provas em circuito), e lá vai o comboio sempre acima dos 40 Km/h. Como se não bastasse o jovem muito promissor Rodrigo resolve mexer no vespeiro e ultrapassou a locomotiva. Esta sabendo que o seu lugar era à frente, ao esticão voltou à sua posição. Esticão para cá esticão para lá o comboio até ao Outeiro ficou separado em: TGV ( Aldeano e Rodrigo, e penso que também o João Rodrigues); Alfa Pendular (Marco Silva); InterCidades (Dario); InterRegional (PP) e Descarrilou (Jonas). Até ao Bombarral foi sempre a largar rateres. O Bombarral deve ter um encanto qualquer especial. Nunca percebi porque é que paramos lá sempre. Ainda por cima sabendo que a PJ anda por ali à caça de um grupo de ciclistas que vandaliza o bar de um Hotel conhecido, ao deixar enormes quantidades de vestígios de fluidos corporais junto ao balcão. No regresso o ritmo acalmou até porque o vento não dava tréguas, sempre com o Aldeano a marcar o passo. Antes de chegarmos à subida de Sarge eis que aparecem à nossa frente em sentido contrário o Manso, Rocha, o Sérgio e o Jonas, que entretanto já tinha recuperado dos esticões. Tentámos passar despercebidos, mas os gajos são uns grandes colas, meteram-se à má fila no meio da gente, ainda por cima a falar da meteorologia...Na subida de Sarge adivinhem: mais um Teste Drive às rotações dos bichos. Pancada por aí acima, a confusão era tanta que só me apercebi que o João Rodrigues tinha de voltar atrás porque tinha perdido um saco. O saco devia ser muito pesado pois ficaram a ajudá-lo todos menos o Aldeano, Rodrigo, eu e Rocha que chegámos ao alto por esta ordem e bastante próximos. Após vários minutos a rolar bem devagar e como não chegava mais ninguém, percebi que o saco do João afinal não era pesado, era muito leve e com o vento foi parar a Bragança, por isso é que levaram tanto tempo a chegar! Tropas juntas outra vez e pumba, às 11h45 o Prof Karamba não tinha previsto a tromba de água que caíu. Esta chuva voltou a separar os machos das fêmeas (def. macho: homem que não tem medo da chuva e pedala sem parar; def. fêmea: gaja que se abriga da chuva, em local coberto à espera de ser sodomizada). Continuando, à passagem pelo cruzamento para o Livramento algumas despedidas foram feitas e ficámos eu, Aldeano, Manso e Sérgio. Já na parte final as longas e acentuadas subidas da Tapada de Mafra foram feitas a 42,5 Km/h, aliás, em amena cavaqueira, e lá no alto despedi-me dos companheiros de viagem, rogando pragas somente a um deles, e prometendo novos encontros. No final registei, só por curiosidade, perto de 120 Km, a uma média próxima dos 29 km/h.
Abraços e até breve
Dario
domingo, 21 de fevereiro de 2010
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Boas malta! Sempre houve a volta do Paulo Pais, ou não? Eu mal vi a chuvinha que caía às 7 da manhã recolhi ao meu aconchego.
ResponderEliminarDario,
ResponderEliminarQueria felicitar-te pelo trabalho de fazeres o rescaldo da volta. Parabéns e obrigado!
Quanto à questão do saco o problema não foi esse.
Quando iniciámos a súbida, naquela bela velocidade dos 30 e picos km/h o andamento não estava duro (pelo menos para mim que tinha ido em ritmo de aquecimento ao vosso encontro, ao contrário do que sucedera convosco, já que do pouco que conversei contigo o passo tinha sido sempre mais para o ataque cardíaco do que para outra coisa). O problema foi que para o Aldeano não existem pendentes maiores nem menores... ou seja foi sempre no mesmo andamento. Quando a súbida endureceu mais, algum pessoal entrou em dificuldades e estirou-se ligeiramente o pelotão. Nesta fase e na parte final da primeira fase da súbida um dos putos lança um ataque.
Ainda pensei em pegar nas rédeas e fazer a perseguição mas quando vi o Aldeano tão pesado, o João Rodrigues e penso que tu também estavas pensei:
- Está mas é quietinho que a festa só agora começou...
Entretanto cai um saco e grito para avisar o pessoal. Ia tudo um bocado cego e surdo e ninguém verificou a quem pertencia tal coisa. Mais à frente o terreno suavisa bastante e já com o Aldeano na frente, a rolar acima dos 40 km/h!, connosco na roda o João Rodrigues verifica que o saco é dele e dá meia volta. Eu virei com ele por dois motivos:
1 - Ajudá-lo a reintegrar-se no pelotão assim que encontrássemos o saco com as chaves
2 - Não interferir na luta do pessoal da frente quando esta já estava mais restrita visto que alguns elementos tinham descolado entretanto
Quem virou também foi o Paulo Pais numa altura em que ele já vinha algo desgastado. Depois ainda os tentei trazer de volta à frente da batalha mas a quebra de ritmo não lhes fez bem aos dois. Assim fomos em andamento certinho no vosso encalço. Quando a torrente chuvosa caiu eu era o único com impermeável pelo que ainda tivemos de nos abrigar numa paragem de autocarro
Ricardo,
ResponderEliminarEu levantei-me às 06h00 e estava a cair uma tempestade tão forte que voltei para a caminha e pensei que não havia volta. Enganei-me que este pessoal quando lhes cheira a batatada até fervem e serenam a chuva e o vento...
Boas meus senhores,
ResponderEliminarAntes de mais,excelente crónica do prof.karamba com uma grande pitada de humor a mistura fica com outro nivel,ainda para mais com um toke de kriol.
Prok.karamba apareceu lá um pina só que foi a meio da volta"je".
Sr Ricardo afinal fui o unico cinzento a aparecer,sabes porque,porque sabado á noite separei logo o equipamento do pijama eheheheheheh.
P.S.Concordo com o setor,aqueles 3 que pararam na paragem são amigos da Carlos Cus.
Rocha e o fuinha que queria parar nos cafés todos?
ResponderEliminarPessoal o Rocha estava a convencer o Sérgio para ficarem no meio da descida de Sarge, já a apontar para Torres, à espera dos outros, mas pelo menos com 500 metros de visibilidade não fosse o diabo tecê-las...
O que vale é que apareceu o Jonas e o Sérgio não alinhou.
Para que conste o Rocha começou a subir o Gradil, enquanto esperava por nós, tão devagar que até parecia que ia a cair para o lado. Isto só para poupar esforços...
Este rapaz anda tão poupadinho que em breve torna a trocar de bike...
Muito bem malta!
ResponderEliminarIsso é que é vontade! Para a semana, espero que o tempo ajude para a Clássica de Santarém.
Dario, excelente crónica: leve, divertida e informativa. Numa futura volta que apareças estás desde já convidado a escrever a crónica no Conversas de Ciclista. E poderá ser já a próxima, de Santarém (creio que estarás presente), com o teu ponto de vista, em jeito de rescaldo da que eu irei fazer. Aceitas?
Olá Ricardo
ResponderEliminarObrigado pelos elogios. A minha presença na volta de Santarém ainda não está confirmada. Mesmo que vá será para andar "escondido" no meio do pelotão pois coincide com um treino muito leve que tenho programado. Quanto aos relatos este foi uma excepção por ausência do Manso na maior parte da volta. Gosto sempre de pôr algum sarcasmo nos relatos que faço, o que às vezes não é bem aceite por pessoal com um espírito diferente, ainda por cima conheço mal a vossa malta, e não sei os nomes da maior parte deles. Eu dou-me muito bem com os meus empenos, e costumo fazer troça deles mesmo, mas há atletas que não conseguem assumir fraquezas e há que respeitá-los. De qualquer forma eu aprecio muito os teus comentários que são de nível elevado e muito em redigidos.
Abraços
Dario
Caro Dario, antes de mais obrigado pelo elogio. Percebo perfeitamente o teu ponto de vista... É como quem diz: bem vindo ao clube!
ResponderEliminarDepreendo do teu discurso, que, passe a descriminação (positiva, por sinal), fazes parte de um lote, felizmente cada vez mais abrangente, de ciclistas/praticantes desta modalidade que aprecio e me identifico: os tais que relativizam a importância dos momentos menos bons (tanto, quanto as dos bons) e aceitam ou promovem que com eles se brinque.
Por isso, compreendo que te queiras preservar face aos que assim não pensam. De qualquer modo, o repto que te lanço é de relatares apenas o teu ponto de vista da participação (se realmente se concretizar), na primeira pessoa, e então evitar as tais opiniões, cujas consequências eu tão bem sei como são complicadas de gerir. Mas só se quiseres ou te sentires à vontade...
Tu, como TODOS os camaradas do Ciclismo2640 que conheço são de boa estirpe, e desde já vos rendo a minha mais sincera homenagem.
Abraço
boas pessoal do cafe. ah... desculpem...esse e o rocha. lol. o pessoal k apareceu no domingo e da pesada. diga se de passagem ainda bem k fui ao encontro senao era mais um a ver as rodas a fugir"ja assim vi elas a fugir a subir po sarge"lol. para santarem nao devo ir,porque a partir deste sabado vou fezer um tratamento aos dentes. assim sendo as voltas de domingo fikam pendentes. depende do meu estado. pois o tratamento deve durar uns 3 messes. sergio. parabens ao rescaldo dario bem visto a parte k define os machos das femeas.ahah
ResponderEliminarSérgio vê lá se consegues acompanhar o Rocha porque o rapaz ficava todo contente. Acho que até era capaz de levar um termo com café para te oferecer. eh eh eh
ResponderEliminarMas só te oferecia um e curtinho!
ResponderEliminarRicardo,
ResponderEliminarBem vindo ao nosso espaço. Para ti as "portas" estão sempre abertas e desta vez estás-nos a dever uma saída que é para não ficares no choco.
Espero que a volta de Santarém vos corra pelo melhor e que toda a gente se divirta em segurança.
Abraço
Boas,
ResponderEliminarJá vi que o sergio está armado em ratito para não ir,deve ser por não ter tempo de beber café em Santarem!!
Eu ainda não decidi derivado a 2 razoês.
1-Vai ser a semana toda a levantar-me ás 5:15am,como tal domingo levantar-me ás 07:00 não vai ser tarefa fácil,com a agravante que sábado tambem vou bulir.
2-É o tempo que não nos quer dar treguas!
Se calhar vou ligar ao Prof.karamba para ele ver na bola de cristal que tempo vai fazer domingo das 08:00 as 13:00am.
Boas,
ResponderEliminarDario parabéns pela crónica, a malta quer é boa disposição, antes, durante e depois da volta.
Registo com agrado que nestas saídas de grupo temos saído e chegado juntos, privilegiando os agrupamentos após as acelerações mais intensas.
Não faz sentido andar em grupo se assim não fosse!
No entanto, em próximas saídas seria benéfico para todos, se a raparizada que tem força para dar esticões nas subidas, contribui-se para impor ritmo na frente durante o resto do percurso.
Abraço
Oi Thor, de Thoreiro
ResponderEliminarJá sabes como é, pela frente não passa qualquer um. É preciso ter muito pulmão, rins, fígado, pâncreas, intestino delgado e grosso (pra poder largar os gases produzidos pela combustão...)
Boas,
ResponderEliminarConcordo com o Aldeano. Se as pessoas têm força para dar esticões nas súbidas também devem ter alguma para ajudar a pôr passo. Por isso em vez de sairem de esticão metem-se à frente e dão o peito ao vento.
Assim sendo todos nos divertimos, independentemente se de vez em quando há uma picardia saudável para "testarmos limites", nomeadamente durante percursos relativamente curtos de modo a que ninguém fique "abandonado" por muito tempo, ou então em súbidas ingremes onde se reagrupe o pessoal no topo.
Abraços
boas. concordo com exa dos esticoes a subir! se o pessoal for a um ritmo bacano aki o je ainda aguenta agora kd saem de esticao fico logo pendurado. lol tenham piedade aki do novato.lol. agora a serio tem k ter mais consideracao pelo pessoal k vai mais tempo a puxar. abraco sergio
ResponderEliminarOi Malta
ResponderEliminarTenho o meu ponto de vista sobre este assunto. Há pessoal que não passa pela frente por falta de capacidade. Respeito isso com sinceridade, pois todos já passámos por essa situação, e reconheço que é legítima para podermos continuar mais ou menos juntos de forma a não estragar o treino a ninguém. O pessoal federado que não passa pela frente, é no mínimo estranho, pois não sei que dividendos tira do treino. Eu cá, se tivesse possibilidade andava sempre à frente para poder treinar mais e melhor. É nas corridas de estrada que a malta deve andar nas rodas dos outros. No BTT não há rodas para ninguém. O que podemos combinar nos treinos é um sistema de rotação entre os mais capazes de puxar, de forma a todos estarem em iguais circunstâncias quando toca a fazer séries nas subidas.
Abraços
Boas Dario,
ResponderEliminarPara completar o que tu referiste só falta dizer que destes, em última análise, quem não puxa uma única vez deve pelo menos respeitar quem se desgasta na frente e não os tentar deixar pregados.
Disseste, e bem, que nas corridas é que vale tudo. Nós apenas procuramos passar um bom bocado e julgo que há espaço para tudo desde que bem condimentado.
Abraços
PS - Vou fazer um joguito de futebol para estragar as pernas. Já sei a vossa opinião sobre o assunto mas ...