A volta do Arco Iris
As primeiras pedaladas foram recebidas por um arco iris fantástico de dimensões generosas. Este elemento óptico salientou desde logo que no mesmo espaço coabitavam sol e chuva e que com alguma sorte e olho vivo seria possivel uma volta luminosa. Desde há muito que não arriscava sair com roupa leve pelo que desta vez resolvi apostar em levar muito menos indumentária do que o habitual, de modo a minimizar os efeitos da desidratação. Até ao Gradil a frescura matinal fazia-se sentir principalmente a ritmos cardíacos baixos e a descer a velocidades mais elevadas.
Na terra que nos serve de local reunião cruzei-me com o Dario e após breve conversa decidimos inverter ligeiramente o sentido da volta de modo a fugirmos às nuvens ameaçadoras que surgiam para os lados de Torres. Assim avançámos até à entrada da Tapada de Mafra e virámos à direita pelo Codeçal. Estrada vazia, conversa animada e boa disposição quantos baste. Algumas gotas fora de programa não foram suficientes para estugar o passo. Na súbida para o Sobral estabelecemos o passo que serviria de diapasão ao percurso do dia. Ritmos ligeiramente acelerados em regimes aeróbicos altos sem entrar em regimes de sobrecarga.
A partir daqui e por largos quilómetros ora se subia ou descia. Até à Picanceira, a descer, tivemos de amenizar o andamento pela perigosidade do piso. Até à Lagoa, durante a súbida, fomos brindados por um sol que perdeu a timidez e não mais nos largou.
A passagem por Santo Isidoro foi também lenta mas o piso começava a melhorar. Na súbida para a Achada feita a 15 km/h a conversa continuou mas a respiração já se fazia ouvir. Virámos à direita e até à Ericeira começámos, pela primeira vez, a ser importunados pelo trânsito. Na Foz do Lizandro, mesmo no inicio da súbida, em sentido contrário, surge um pelotão invejável, composto por umas dezenas de elementos, em fila indiana o que indicava bom ritmo. Eu e o Dario trocamos olhares e como para bom entendedor uma palavra basta fizemos a súbida a bom ritmo, sempre acima dos 20 km/h, imaginando se não seria melhor dar meia volta ao cavalo e ir apanhar os outros...
(É certo que o Sergio teve uma avaria, o Aldeano tem alergia a levantar-se cedo, o Rocha foi fazer treino aeróbico com os Pinas, o Paulo Pais foi buscar, de madrugada, o João da Murgeira que regressou de umas férias ao Brasil...)
Até à Terrugem muitos outros companheiros do pedal se iam cruzando connosco o que indica que o pessoal dos lados de Sintra aproveitou as tréguas de São Pedro para ir fazer o gosto ao pé.
Em Pêro Pinheiro virámos em direcção aos Negrais e na Pedra Furada divergimos para Mafragare, onde fizemos uma pausa para um chá preto. Até Alcainça os "motores" foram novamente para as temperaturas ideais de funcionamento. Daqui rumámos à Igreija Nova e depois bem até ao fundo com a passagem pelo Carvalhal. Logo de seguida a súbida de Almorquim, com pendentes generosas, que constituia o prato de maior dificuldade de digestão do dia. Com determinação fizemos a primeira secção para na segunda elevarmos os regimes cardíacos. Engana bem os mais afoitos. Como nunca entrámos em descompensação não tivemos problemas a salientar. No topo aproveitámos para em rotação compensar o esforço dispendido.
Novamente na nacional, em direcção à Ericeira, com o ritmo a elevar-se significativamente em pedaleira grande. Até Mafra não baixámos de intensidade e após a rotunda da Paz o descanso dos guerreiros. Ainda acompanhei o Dario até à Murgeira para regressar a casa com um total de 117 km para uma média a roçar os 27 km/h.
Após análise do meu pulsómetro a confirmação das sensações. 144 bpm de média com apenas 12 minutos acima das 175 bpm. Ou seja um treino como o preconizado pela Aldeano, sem exageros!
Próxima volta apenas uma certeza. 50 % dos elementos que estiveram à partida, nas duas últimas saídas, vão estar ausentes. O Dario vai fazer anos! Que faças muitos!
Última nota para a qualidade do traçado da volta - Excelente! A dada altura parecia que estávamos a fazer BTT, pela ausência de tráfego e pelas paisagens campestres. A repetir lá mais para a frente, eventualmente em sentido contrário.
Manso,
ResponderEliminarIsso é fácil, utiliza a função seguir estrada no mapa normal, desse modo podes unir pontos de forma bem rápida.
Se quiseres algumas dicas chuta.
Cumps
Aldeano
Ligo-te amanhã. Tenho o mais novo a precisar de colo e hoje já não vai dar para mais.
ResponderEliminarAbraço
A criação de percursos no gpsies.com pode ser feita de várias formas.
ResponderEliminar1 - Crias no site e descarregas para o teu GPS.
2 - Descarregas do GPS para o site.
3 - O site permite efectuar a conversão entre os diversos formatos.
4 - Podes alterar percursos e gravar, criando novos percursos.
Dado não teres GPS, terás de criar o percurso, tendo por base a teu conhecimento do trajecto percorrido.
1 - Vais primeiro ao criar percurso.
2 - Escolhes a zona onde vais criar o percurso, neste caso Mafra.
3 - Depois carregas em Tela cheia, ficas a ver o ecrã todo.
4 -Escolhes a função follow roads.
5 - Fazes zoom e escolhes onde colocar o ponto de inicio.
6 - Depois vais colocando os pontos nas estradas que percorreste, sendo que podes dar espaço entre os pontos, porque o folow roads vai escolher o caminho mais perto entre eles.
7 - Se te enganares, fazes retroceder.
8 - Para terminar, carregas em tela normal e depois fazes salvar no gpsies.
9 - Ai vais personalizar o percurso e gravas.
Abraço
Aldeano
boas pessoal. manso so foste com o dario? o resto do pessoal? como disse fui fazer btt. juntei me ao pessoal do sobreiro. quando a chegada a casa o conta voltinhas marcava 73km para quem conhece a dureza dos nossos trilhos. foi upa upa. e depois da volta de sabado foi bom. pa semana nao sei se tenho a bike de estrada,pois ta na oficina por causa da manete! se nao tiver tenho que ir po mato! abracos. sergio
ResponderEliminarBoas Sérgio,
ResponderEliminarVê lá se arranjas a manete que ainda tens tempo! Abraço
(Tive de interromper o rescaldo para ir disputar mais um derbi de futebol, que por sinal ganhámos com 3 bombocas cá do menino!)
Com alguma sorte amanhã consigo verificar a altimetria desta volta e definir a próxima
ResponderEliminarboas pessoal do pedal. porque e que o pessoal nao se ta a juntar no gradil?????!!!!! sergio
ResponderEliminarSérgio,
ResponderEliminarPor mim falo, a hora para a concentração é demasiado cedo.
Não tenho necessidade de apanhar frio e a humidade da manhã, isto quando posso de casa ás 09h30 e apanhar um tempo totalmente diferente.
Não preciso de levar tanta roupa, de me molhar e sofrer amplitudes térmicas desnecessárias e nefastas.
Por outro lado já basta sair da cama todos os dias ás 05h00 durante a semana.
Assim apareço a essa hora apenas quando o estado do tempo e o nível de descanso o organismo o permitem.
Desde esperança que a minha hora de sair oscila entre as 09h00 e as 10h00, já lá vão 20 anos.
A tradição é para manter pelos motivos acima expostos.
Abraço
Aldeano
boas aldeano tudo bem?! eu como fui po btt tou alheio ao k se passou na volta de domingo mas o k percebi e k o pessoal andou mas nao foram juntos! axo k foi isso. certo? dai a minha pergunta. abraco. sergio
ResponderEliminarBoas meus senhores,
ResponderEliminarBem,compreendo perfeitamente a razão do Aldeano e concordo na integra,porque temos trabalhos identicos e horários tambem,alem do seu objectivo ser bem mais complexo que o nosso como é obvio.
Por outro lado tenho que dar razão ao Manso em sair um pouco mais cedo porque é unico dia que temos para fazer-mos uma boa dose de kms todos juntos,salvo os dias em que o Manso vai para a estrada de escafandro devido ás intemperies.
Tambem é preciso não esquecer os compromissos familiares.
Sergio tens muito tempo para arranjar a manete até domingo,já te queres é baldar por isso move it,move it...
P.S.É verdade leiam a crónica do Ricardo da volta de domingo em que se andou nas horas do...
Blog(conversas de ciclista)
Até já
Rocha
Rocha,
ResponderEliminarCorridas para mim só em Março !
Não consigo compreender o pessoal,não se inscrevem para competir e depois efectuam autenticas corridas sem quaisquer condições de segurança para eles e para os outros.
Como conhecido e amigos de alguns espero que não exista nenhuma desgraça num destes dias !
Por outro lado em pleno período de preparação onde deviam era criar bases para o organismo conseguir assimilar mais tarde outros esforços estão a derreter-se.
Amigo Rocha, não é por se treinar a 35 km de média durante 123 km que se anda consegue melhorar o nosso rendimento, pelo contrário, depois verás !
Com o devido respeito é apenas a minha opinião
Abraço
Aldeano
Aldeano,sublinho por baixo tudo o que disse-te e concordo.
ResponderEliminarMas não deixou de ser alucinante a velocidade em que se fez os 123kms,se bem que muitos irão pagar os esforço despendido da pré-temporada como tu bem frizas.
Em relação a segurança na estrada,repara que fui logo o primeiro a comentar isso quando o Ricardo publicou a crónica.
Bem,agora vou xonar que amanhã é dia...
Abrço
Rocha
ai os cartuchos, os cartuchos...
ResponderEliminar