domingo, 14 de fevereiro de 2010

Rescaldo da volta de 14/02/2010



Peniche Ventoso


O dia, manifestamente fresquinho, recebeu-nos para uma etapa de ciclismo de bom nível.

A etapa, encurtada na passagem pela Ventosa, já na fase de regresso, para não se alongar em demasia pela hora de almoço, teve 143 km de intensidade média a elevada com os elementos que partiram e se foram agregando a exibirem boa disposição e vontade de prosperar ao longo da tirada.
De regresso, saudado, às lides domésticas, após passagem pelas quentes terras brasileiras, apareceu o João da Murgeira. Juntámo-nos na zona da Paz e fomos até ao Gradil ao encontro do Sérgio e do seu amigo imaginário bordas... Café da praxe e rumo, muito lento, em direcção a Torres Vedras. Pouco depois o Dario cruza-se connosco. Ia em direcção à Malveira para ir ter com o grupo Pinabike que fazia hoje nova incursão pela zona de Mafra.
O Rocha estava ligeiramente atrasado pelo que tivémos de fazer um pequeno compasso de espera para que este se juntasse a nós. Até Catefica em ritmo de aquecimento e no topo surge o Vasa.
Na descida para Torres pequena aceleração e estava dado o mote para a volta. A passagem pela zona limitrofe da cidade revelou muitos noctívagos que ainda queimavam os últimos cartuchos de uma noite seguramente animada. À saída meto andamento visto que o meu objectivo era o de fazer uma volta em regimes cardíacos médios mas sempre constantes. Até ao Ameal o pessoal começou a despertar e apenas na parte final o João veio dar-me uma ajuda. A partir daqui parecia que estávamos num contra-relógio com o pessoal a revezar-se amíude. Nesta fase apareceu o Rocha mais voluntarioso, mas com o Sérgio e o Vasa a darem também os seus contributos positivos. (O João estava em treino específico que não lhe permitia regimes acima das 155 bpm pelo que o seu contributo foi maioritáriamente sentido apenas nas descidas).

Nesta fase junta-se a nós um duo que circulava em sentido contrário com um deles, (o homem do equipamento Wurth), a passar também pela frente e a revelar-se um óptimo companheiro de tirada sempre solicito a dar o seu contributo.

A aproximação ao Outeiro da Cabeça foi um pouco mais intensa com o pessoal a respirar de forma ofegante na minha roda. Até ao Bombarral bom andamento comigo e com o Rocha a manter cadências elevadas na frente e a incentivarmos o "Wurth" a não deixar cair o andamento quando passava pela frente. A média andava nos 33km/h e era altura para os primeiros alimentos do dia.
Saída para Óbidos e novamente no meu passo. O vento até aqui não molestava pelo que se circulava sem grande esforço. Na chegada a A-da-Gorda, quando ia na frente, sai o Vasa de esticão... (Aparentemente o Vasa já não se lembra do que é andar em grupo e quando passava pela frente fazia questão de ter grandes oscilações de ritmo, quer para cima quer para baixo) Ainda pensei em dar-lhe caça mas também havia a hipótese de estar a testar as pernas pelo que o deixei abrir espaço. Quem não esteve com tanta cerimónia foi o João que o chamou à razão...

Antes de Óbidos virámos a Peniche e durante muitos quilómetros apenas eu na frente com o "Wurth" a espaços a conceder-me algum descanso. Na súbida de Casais da Ladeira continuo no mesmo andamento com o João, o Sérgio e o companheiro que completava o duo que se nos juntou a optarem por ritmos mais calmos, lado a lado com o Rocha, com este mais em rotação e eu em força. A dada altura sai o Vasa, mais uma vez de esticão, só que desta vez meto passo de intercepção, durante um pouco de acompanhamento e depois de ruptura.

Agrupou-se o pessoal na rotunda e foi a vez do João passar maioritariamente pela frente, até Peniche.
Nesta localidade surgiu com preponderância um novo factor que é apanágio desta zona - o vento! Muito, forte, frio e desagradável!
O João, mesmo recolhido no pelotão, informa-nos de que não pode ir tão alto de regimes cardíacos. Faço sinal ao Vasa mas este aproveitou para continuar no mesmo andamento. Às 164 bpm ia a 24,5 km/h ao lado do Vasa. Às 155 bpm ia a 21,5 km/h a abrir caminho à frente do pelotão...
Até Mafra o vento não mais nos largou. A descer para a Lourinhã cuidados redobrados para manter equilibrio e trajectória. Na saída para a Ribamar na súbida mais ingreme fica o Vasa com o João com os outros a seguirmos a roda do Sérgio que mostrou então serviço. Aliás pelo seu peso este trepador mostra-se voluntarioso quando o terreno empina. Na súbida seguinte sai mais uma vez o Vasa de esticão para limpar o Rocha no topo. No sopé com o vento de frente voltei à carga "turbinando" sempre na mesma cadência trabalhando os andamentos.
Passagem pela Santa Cruz com o Vasa a mostrar-se na frente.
Por sugestão do João resolvemos vir pela Encarnação e pela Picanceira.
Pouco depois as despedidas, primeiro do Vasa e do companheiro do "Wurth" que rumaram direção a Torres e pouco depois deste que virou em direção a Ponte do Rol (Espero, tal como o Rocha lhe sugeriu que se junte mais vezes ao pessoal).
Até Encarnação a ultrapassagem a um grupo de BTT que continuam erradamente a achar que é mais fácil subir nas de estrada... - Experimentem uma vez e depois digam de vossa justiça!
Rapidamente nos aproximámos do prato final - A Picanceira.
Logo ao inicio eu em pedaleira grande e o Sérgio em rotação nos destacamos. Peço-lhe que venha comigo e este acedeu. Ataco a primeira parte com este a não deixar abrir nem um palmo. Na saída da localidade, quando o terreno empina mais sou obrigado a tirar a grande. Sem cerimónias o Sérgio ataca comigo a fechar a custo. Recupero o espaço cedido e quando o vou a ultrapassar novo ataque! Com unhas e dentes faço-me à sua roda. Sempre que o igualava ele incrementava andamente uma e outra vez. Só que o terreno cada vez jogava mais a meu favor e permitia-me respirar melhor. Nesta altura eu ia nas 185 bpm, muito mais baixo do que pensaria à partida, e ainda com alguma reserva. Assim que a pendente suaviza é a minha vez de atacar. Surpreso e esgotado o Sérgio desiste numa altura em que deveria ter vindo na minha roda para a parte final da súbida. Fomos ter ter com os outros e felicitei-o pelo excelente trabalho e por me ter ajudado a fazer a ascensão de forma tão rápida mesmo com prejuízo seu.
Nesta fase o Rocha sofria muito. Desidratado, com demasiada roupa, e com a ingestão de comida mal gerida levou tratamento de choque na parte final. Deixei-o com o João para este lhe preparar um batido de recuperação e rumei a casa.
Média final 29 km/h
Média cardíaca-144 bpm
Máximo - 187 bpm
Tempo acima das 175 bpm - 12min32 s
Objctivo cumprido!

7 comentários:

  1. Não concordo com essa dos esticões, mas pronto. Na subida da Paúl apenas mantive o andamento que se trazia. Na de Olho Marinho, comecei com o João e fui subindo sempre sem oscilações de ritmo, e na de Peniche com o vento de frente apenas não saí da frente quando querias puxar, tendo eu achado que já tinhas "trabalhado" tanto. Onde ataquei a subida foi no Vimeiro, ai sim foi de esticão mas sem querer caçar ninguém. Apenas com vontade de testar as perninhas pois da ultima vez fiz essa subida sempre em crenques. Portanto edita lá o texto sff porque dá a uma impressão muito errada do que aconteceu...

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  2. boas pessoal! k bom rescaldo. parabens! manso tens geito pa coisa. domingo foi uma volta espetacular. manso kd o terreno empina so tenho a obrigacao de ajudar pelo meu perfil. pk a rolar tenho k ir na roda. gostava de ajudar mais vezes mas tambem nao iam tirar mt partido de ir a puxar pk o ritmo baixa. na subida da picanceira o meu objetivo era irmos os 2 ate ca cima. eu acelarava um pouco pa ires na minha roda. nada mais. mas foi fixe. com o tempo a ver se consigo rolar melhor e ajudar mais abracos. p.s. eu disse aos companheiros de pedal para irem domingo ao livramento. sergio

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  3. Boas pessoal,

    Depois de recuperar da sauna no final da volta,reparei que bebi 3 bidons água em todo o percurso,algo que não me parece normal ao frio que se fazia.
    E pela tarde continuei a bebe-la,agora se foi excesso de roupa ou não,o que é certo é que a partir da Ventosa nem a descer a bike andava.
    Quanto ao percurso achei excelente tirando o vento gelido no final,sobre a crónica impecavel.

    Rocha

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  4. rocha ca para mim foi da noite k passas te no maxim. parece k tou adivinhar foi tirar os saltos altos e a maquilhagem e montaste te na bike. ahahah. sergio

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  5. Por acaso não,porque parti uma unha de gel e o Manso salvou o espetáculo eheheheh.

    Alllllldeaaaaaaannnnnnnnnnno acorda!!!

    Rocha

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  6. Boas Vasa,

    Quero apenas dizer-te que li a tua crónica e que considero a minha manifestamente mais honesta do ponto de vista intelectual.

    Desculpa lá qualquer transtorno...

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  7. Continuas a exagerar na tua crónica relativamente aos esticões. Mas tudo tem uma razão de ser. Puxas demasiado em plano e depois falta-te gás nas subidas. Sinceramente senti que me tentaram descarregar, com as bocas do Rocha...acho mesmo que foi isso! Aliás como da ultima vez...já falámos disso mas parece que a obtusidade chegou com o vírus aviário!

    Se nas subidas passas de 8 a 80, devias rever o ritmo imposto em plano...estição, chamo o que tentaram fazer... depois se comem da mesma moeda paciência...sinto é uma certa agressividade nos teus comentários que muito me impressionam. Gostava no entanto e como forma de honestidade intelectual me apontasses dados menos coerentes na minha crónica...!
    Mas as pessoas como tu são mesmo assim, esquecem-se rapidamente, e cospem em que lhes deu atenção e soube receber...Sempre a considerar.

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