domingo, 7 de fevereiro de 2010

Rescaldo da volta de 07/02/2010



Acumulado de súbida = 1432 m

O ciclismo 2640 foi pela 1ª vez, como grupo, visitar os Pinas. Bom nível num dia em que estivémos a altura dos acontecimentos pese embora a falta de km nas pernas, comparativamente com os colegas de ocasião.

A volta foi algo atípica devido ao conceito de reunião diferir do habitual.
O Sérgio esperou-me na zona do Convento de Mafra. Em passo preguiçoso, principalmente da minha parte, rumámos à Malveira e de seguida à Venda onde fomos apanhar o Rocha. Inversão de sentido ao encontro do Paulo Pais e pouco depois surge o Runa.
Como os Pinas estavam ligeiramente atrasados fomos ao encontro destes pela estrada que liga a Venda a Bucelas. O ritmo que traziam era de passeio motivado por um furo de um dos seus elementos que originou a separação em dois grupos. Tropas reunidas e passo a acelerar!
Passagem pela Malveira em ritmo moderado q. b. e na saída um grupeto destaca-se na frente. Os perseguidores em amena cavaqueira, nomeadamente eu com o Ricardo, com vários elementos a ficarem "espalhados" entre os homens da cabeça e o pelotão. Quando por observação sugiro em voz alta que haja reunião e que não deixem criar tanto espaço fica tudo meio "zonzo" e de repente desata tudo num frenesim algo desnecessário visto que as diferenças eram relativamente pequenas e ainda bem controláveis.
Aproximação a Alcainça com o pessoal a medir-se não dando espaço de manobra na frente, mas sem ninguém assumir despesas. Na seguinte ascensão com pendente mais acentuada já se criaram algumas diferenças com a rotunda da Carapinheira a servir de local de reagrupamento. Primeiro momento tenso com marcação de posições por quem de direito!
Estugava-se o passo mas estava tudo a pensar na súbida da Carvoeira!
Passagem controlada por Mafra e na saída decido passar para a frente por dois motivos.
1) Ritmos baixos nas rectas motivam esticões nas súbidas
2) O nosso pessoal saía beneficiado de um ritmo mais elevado visto que os esticões nao são por nós treinados

Até ao Sobreiro sem baixar dos 40 Km/h e depois acima dos 50 km/h. No cruzamento para Santo Isidoro recebo alguma ajuda, do Hugo de Aruil e do Evaristo, mas não a suficiente para manter o ritmo na mesma toada. Recuperação de uma dezena de bpm e novamente ao serviço.
Na Ericeira continuou a não haver interessados em fazer as despesas até que na aproximação à Foz do Lizandro o Freitas se chega à frente (a trabalhar para o Ricardo?). Fecho com tudo o resto na roda.
Na súbida para a Carvoeira o Freitas sai de esticão. Olho para o lado para ver quem queria fazer as despesas mas a impassividade mantinha-se. Meto passo de intercepção e apanho o fugitivo em pedaleira grande. Na roda deste aproveito para meter a pequena quando este faz nova aceleração. Apanhado com as calças em baixo lá tive de cerrar os dentes para o seguir.
No cruzamento para a Sr.ª do Ó finalmente a aceleração das feras e as dificuldades a crescerem de tom. Dos nossos estava tudo ainda pelo que o trabalho tinha sido bom. Deslizo, gradualmente, para a cauda do pelotão procurando minimizar as perdas quando o Freitas dá o trabalho por findo sem eu me aperceber da sua desaceleração pelo que quase o ia abalroando. Com a travagem perco preciosos metros pelo que o sprint de recolagem fica inviabilizado, numa altura em que o coração já ia nas 190 bpm.
Abrando oferecendo a roda como sinal de reconhecimento do trabalho efectuado mas este ia em ritmo de contenção pelo que decido continuar, ainda mais intensamente quando vejo o Rocha a sair do pelotão da frente. Passo-o e incito-o a fazermos a perseguição mas este levou os esforços longe de mais e sofre para vir na minha roda. Mais à frente o João Santos e o Sérgio são a referência a apanhar numa altura em que tinhamos entre 300 e 400 m para os homens da frente.
Nas bombas da Repsol, onde era suposto haver paragem, não ficou ninguém pelo que quando o terreno desce ligeiramente fazemos nova aceleração que com o abrandamento do pessoal da frente motivou o ajuntamento. Até à zona da Terrugem apenas uma aceleração/fuga do Paulo Pais no preciso momento em que me preparava para fazer o mesmo. A perseguição ficou entregue ao Freitas.
No interior da Terrugem o cruzamento com uma equipa de ciclismo (com as camisolas do Intermarché) que ao se cruzar connosco virou o cavalo e veio ajudarà festa! Na zona da base aérea esticão de uns e outros com os putos a tentarem sair em grupo.
Na aproximação da súbida para Pêro Pinheiro a constatação de que há costumes que custam a largar. Alguns preferem travar, atrapalhando os que circulam na retaguarda, do que passar para a frente nem que seja por cinco metros...
Como este tipo de jogos não me interessam salto para a dianteira e faço uma aceleração de modo a poder passar a pequena súbida no interior da localidade sem grandes precalços. Precisamente no meio desta noto que circula uma família (pai e filhos pequenos) e aviso o pessoal. Infelizmente a chamada de atenção não teve continuidade pelo que o Runa acabou com o costelado no alcatrão...
Redimiu-se o grupo que aguardou que todos estivessem para dar continuidade às hostilidades.
Na aproximação aos Negrais, quando se começava a preparar o sprint para Santa Eulália, o Ricardo decide chegar-se à frente e fez a súbida com tudo na roda. Aqui o Paulo Pais diz-me que estava a ficar com cãibras pelo que para não descolar teve de trincar o lábio. No final da súbida quando se pedia que alguém se mexesse nada. Nem sequer dentro dos Negrais! Finalmente, já na parte final, alguém teve o mérito de simular um arranque só para meter tudo a andar. (Não pude deixar de rir). Dos nossos o Rocha foi o que ficou melhor mas muitos furos abaixo do que seria necessário para estar na linha da frente.
Nota: As pessoas esquecem-se de que isto não é uma corrida e vão tão tensas que nem se lembram de se divertirem... Não quero criticar ninguém, quando resolvi aparecer submeti-me às mesmas regras e liberdades que os outros!
Despedidas em Ponte de Lousa e os nossos rumámos até à Malveira. O Paulo Pais era o mais animado. O Rocha e o Runa aborrecidos!
Fomos todos até ao Vale da Guarda, com o Rocha a dar meia volta depois de uma aceleração dos dois pela descida abaixo. Mais à frente eu e o Sérgio rumámos ao Gradil e Murgeira. Finalmente e já em solitário Mafra surge no meu horizonte.
Nas despedidas finais ficou agendada a volta para a próxima semana com saída às 08h45m no Gradil. (Peniche) - Post a ser colocado oportunamente.
Até Mafra completei os 119 km. Média final 28,50 km/h (Até Ponte de Lousa 32 km/h)

6 comentários:

  1. Camarada Manso, a tua crónica está impecável e o ponto de vista que a sustenta igualmente. Partilho totalmente da tua opinião sobre o excesso de nervosismo e a impetuosidade desnecessária que causam situações que pela tua reacção em Sta. Eulália são, no mínimo, hilariantes.
    Sinceramente, eu penso que apesar de muita gente que lá anda corre ou já correu (tem experiência de situações típicas de corridas), mas pouco se nota neste aspecto e incorre-se em precipitações por falta de ponderação e erros de leitura que, como referi, resulta naquele frenesim. Mas alguém acredita que um, dois, três ou até quatro gajos, por mais fortes que sejam, podem sair daquele pelotão (em terreno plano ou não muito acidentado) sem o consentimento deste? Quando digo sair, não é ganhar 50 ou 100 metros: é provocar uma fuga fracturante que perdure. Por diversas ocasiões levantei a voz nesse sentido, mas creio que há falta de confiança do «poder» do pelotão e/ou no seu sentido colectivo. Mas penso que, na generalidade, correu tudo bem.
    Já agora, gostei também das referências que amiúde fizeste aos «vossos» e ao trabalho em seu benefício. Elogiável exemplo!

    Abraço

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  2. Boas Ricardo,

    Obrigado pelas tuas visitas e pelas considerações sempre cordiais.
    Relativamente à volta considero-a como bastante positiva, revelando-se, uma vez mais, gratificante poder andar inserido num pelotão com várias dezenas de unidades. A este respeito não posso deixar de saudar a capacidade do grupo Pinabike em conseguir congregar tantas unidades numa mera saída de fim-de-semana.
    Este aspecto é revelador das intenções de quem frequenta, com assiduidade, as vossas saídas domingueiras. As voltas deixaram de ser um mero ajuntamento para passarem a servir de medidor de estados de forma física daqueles que de uma forma ou outra fazem alguma competição. Para deitar mais alguma lenha na fogueira as presenças regulares treinam cada vez com mais afinco pelo que o vosso nível de desempenho desportivo tem súbido.
    Como aspecto menos conseguido poderá estar a incapacidade crescente de ir lidando com tantos galos no mesmo galinheiro, mas isso é o preço do sucesso e seguramente será ultrapassado de uma forma ou outra, desde que consigas manter as rédeas.

    Fiquei positivamente surpreso pela quantidade de pessoas que poderão estar à partida para a clássica de Évora! E ainda mais com a possibilidade de vir a ser uma clássica com contornos bem mais abrangentes do que apenas a região onde nos inserimos. Isso prova que algum do vosso trabalho tem reconhecimento extra grupo e que o nível será cada vez mais elevado. Oxalá as pessoas consigam estar à altura desse crescimento com comportamentos que consigam dignificar e cativar quem vos visita.

    Até Breve.
    Abraço

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  3. boas pessoal. a volta de domingo foi bacano. como nao tou ainda muito abituado a estas voltas com os pepes rapidos. a subir para negrais os carburadores ja iam a falhar... uma opiniao pessoal estas"voltas" sao um pouco perigosas porque mais parecem"corridas" e o pessoal esquece se que ha carros a circular vi varias razias feitas a carros que vinham a circular em sentido contrario.por ixo e que quando quero testar a minha condicao fisica vou po btt. mas foi giro. abracos sergio

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  4. Boas Sérgio,

    No que diz respeito à parte das tangentes aos carros isso é coisa que às vezes tem um risco acrescido mas lembra-te que estamos a falar de pessoas com muita experiência em saídas numerosas. (A mim causa-me arrepios à a velocidade com que se fazem algumas descidas...)
    Quanto ao facto de o ritmo ser mais acelerado e inconstante é a forma deste pessoal fazer as voltas deles. Há quem goste muito e outros nem por isso.
    Abraço

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  5. boas manso tudo bem? epa ate podes ter razao!! mas paxar pa faixa contraria com carros de frente por exemplo na curva da s.a! eu nao chamo expriencia chamo loucura! mas cada cabeca sua sentenca! isto tudo para dizer que nao quero ser destemunha de um acidente. sinseramente prefiro as nossas saidas. sergio

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